Autoridades da França e Reino Unido se reúnem no Rio por ações climáticas
Encontro faz parte da agenda climática da COP30, programada para acontecer em novembro em Belém

Três dos nomes mais influentes da diplomacia climática internacional estarão no Rio de Janeiro nos dias 26 e 27 de maio para o II Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza (FFCN), encontro que busca fortalecer a agenda de financiamento verde às vésperas da COP30, marcada para novembro em Belém, no Pará.
Entre os destaques do evento está a economista britânica Rachel Kyte, considerada uma das principais referências globais em mercados de carbono. Representante Especial do Reino Unido para o Clima, Kyte tem longa trajetória em organismos multilaterais e atualmente preside a Iniciativa pela Integridade dos Mercados Voluntários de Carbono (em tradução livre), que busca estabelecer critérios transparentes e confiáveis para esse setor em expansão.
Também confirmaram presença Alok Sharma, ex-presidente da COP26 e atual chefe do Conselho de Financiamento para a Transição do Reino Unido, e Laurence Tubiana, CEO da Fundação Europeia do Clima e uma das principais arquitetas do Acordo de Paris. Tubiana atuou como embaixadora climática da França e foi a representante especial do país para a COP21, em 2015, conferência que resultou no pacto climático mais importante da última década.
O FFCN é organizado por sete instituições da sociedade civil — Instituto Arapyaú, Instituto AYA, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia — e reunirá representantes do setor público, setor privado, organizações não governamentais e especialistas internacionais.
O objetivo é discutir caminhos para mobilizar recursos e acelerar a transição para uma economia de baixo carbono, socialmente justa e regenerativa.
A COP30, que será realizada de 10 a 21 de novembro em Belém, marcará a primeira vez que uma Conferência das Partes da ONU sobre mudanças climáticas ocorre na Amazônia.
O evento deve colocar os biomas tropicais no centro das negociações, ampliando a pressão sobre os países desenvolvidos para que cumpram suas promessas de financiamento climático aos países do Sul Global.
A expectativa é que temas como florestas, justiça climática, adaptação e perdas e danos ganhem protagonismo, além da conclusão do Balanço Global (Global Stocktake), que avaliará o progresso coletivo rumo às metas do Acordo de Paris.