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Classificada como desenvolvida, Costa Rica investiu pesado na natureza

Classificada como economia de alta renda pelo Banco Mundial, o país equilibra conservação ambiental e progresso social com investimentos robustos

Por Ernesto Neves Atualizado em 11 ago 2025, 14h02 - Publicado em 11 ago 2025, 09h12

A Costa Rica acaba de ser classificada como país de renda alta pelo Banco Mundial, um reconhecimento que consolida o avanço econômico e institucional do país da América Central.

A nova posição coloca o país ao lado de Chile e Uruguai como uma das poucas economias latino-americanas a atingir esse patamar, superando a média regional.

O salto não é apenas simbólico. Com Renda Nacional Bruta (RNB) per capita de US$ 15.620 em 2024, a Costa Rica ultrapassou pela primeira vez a média global de US$ 13.439, segundo dados do próprio banco.

O indicador mede a soma de toda a renda gerada por residentes e empresas no país, e serve como referência para avaliar o padrão de vida da população.

Turista no Parque Nacional do Vulcão Poás, na Costa Rica, em 2023: lucrando com a preservação
Turista no Parque Nacional do Vulcão Poás, na Costa Rica, em 2023: lucrando com a preservação (Getty/Getty Images)

Conservação ambiental como alicerce do desenvolvimento

A Costa Rica é hoje um modelo mundial de preservação: impôs-se como o primeiro país tropical a reverter o desmatamento; mais de 50% do território está coberto por vegetação, contra apenas 21% em meados dos anos 1980, graças ao pioneiro programa de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), lançado em 1996.

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Essa política incentivou proprietários a conservar áreas florestais e contribuiu para sequestrar carbono, fornecer água potável e proteger a biodiversidade.

O país também lidera mercados de carbono e foi o primeiro da América Latina a receber recursos do mecanismo REDD+ (pagamentos por redução de emissões por desmatamento evitado), repassando parte dos valores diretamente a comunidades indígenas por meio do PSA.

Passeio pelas copas da floresta tropical em Arenal, na Costa Rica
Passeio pelas copas da floresta tropical em Arenal, na Costa Rica (Getty/Getty Images)

Saúde, educação e bem-estar: inovações sociais com sustentabilidade

A abolir o exército em 1949, Costa Rica optou por redirecionar gastos para áreas sociais, educação, saúde e previdência, o que fortaleceu seu capital humano e social.

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O sistema universitário público atrai alunos desde 1843, e a taxa de alfabetização supera 97%, a mais alta da América Central.

O país proporciona educação gratuita e obrigatória, saúde universal, pensão estatal garantida e acesso elétrico e a água potável a 100% da população.

Seu modelo de atenção primária faz da Costa Rica um dos países com expectativa de vida mais altas da região e sistema de bem-estar mais efetivo, reconhecido globalmente.

Um investimento recente de 1,3 bilhão de dólares do Banco Mundial (2024–2028) será destinado à fortalecer a educação, proteção social e resiliência climática, parte de uma estratégia alinhada com o plano nacional até 2050. 

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Energia limpa e atração de investimento

Já em 2023, cerca de 95% da eletricidade era gerada por fontes renováveis, como hidrelétricas, geotermia e solar, com o objetivo de alcançar 100% até 2030 e neutralidade de carbono até 2050. 

Além disso, o país atraiu fluxos históricos de investimento estrangeiro direto: 4,5 bilhões de dólares em 2024, um recorde. Assim, se destaca como destino estável, sustentável e com mão de obra qualificada, valorizado por investidores globalmente.

Adaptando-se ao novo clima e regulamentando a resiliência

Em uma demonstração inédita de governança ambiental, a Costa Rica está desenvolvendo o primeiro Código Climático obrigatório do mundo, que estabelecerá padrões técnicos para infraestrutura, energia, saúde e agricultura com base no risco climático.

A proposta será apresentada durante a COP30, reafirmando seu papel como vanguarda da adaptação global. 

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Desigualdade sob a superfície do sucesso

Embora reconhecida como economia de alta renda, muitos cidadãos ainda enfrentam dificuldades financeiras, com poder de compra reduzido frente ao aumento no custo de vida.

A pobreza recuou de forma acentuada em 2023 e 2024, atingindo cerca de 20%, mas a desigualdade continua elevada.

Litoral do Parque Nacional Marino Ballena, na Costa Rica
Litoral do Parque Nacional Marino Ballena, na Costa Rica (Getty/Getty Images)
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