Feminicídio no Brasil: um problema que se agrava
Em 2006, VEJA destacava em sua capa depoimentos corajosos de mulheres vítimas de violência doméstica. Quase vinte anos depois, esse tipo de agressão escalou com uma sequência de tentativas de feminicídio em uma única semana
“Ingrid levou oito pontos no nariz e ficou com o olho roxo porque seu marido se irritou no trânsito e bateu nela. Salma levou um murro no queixo porque comprou um armário sem avisar. Sandra foi espancada porque o companheiro a viu no portão com um primo.” Começava assim a reportagem de VEJA de 15 de março de 2006 sobre violência doméstica.
Naquela edição, VEJA trazia o depoimento corajoso de mulheres que haviam dado o primeiro passo para encerrar o ciclo de brutalidade de que eram vítimas: romper o silêncio.
Quase 20 anos depois, o tema não só continua atual, como se agravou ainda mais. A ONU divulgou um relatório que revela que uma mulher em algum lugar do mundo foi morta a cada 10 minutos no ano passado.
Neste ano, a cidade de São Paulo bateu recorde de casos de feminicídio desde que a série histórica foi iniciada, em abril de 2015. Entre janeiro e outubro, foram 53 ocorrências. Em todo o estado, foram registrados 207 feminicídios no mesmo período.
Esses números se evidenciam no dia a dia. No sábado, 29 de novembro, uma mulher de 31 anos foi atropelada e arrastada por mais de um quilômetro por um carro dirigido por um ex-ficante. Na segunda-feira, 1º de dezembro, um homem atirou seis vezes com duas armas contra a ex-companheira.
O crime de feminicídio começou a ser contabilizado em 2015, após a publicação da Lei do Feminicídio. A lei federal considera feminicídio quando um assassinato envolve violência doméstica e familiar, e menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima.
Se você é vítima ou presenciou casos de violência contra a mulher, ligue 180 e denuncie.
Saiba mais em VEJA. Todas as quintas-feiras você, leitor, poderá conferir uma edição do passado no nosso #TBT e ainda consultá-la na íntegra na home do nosso site.
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