A ressurreição do Santo Sudário
Em 4 de abril de 2012, VEJA destacava em sua capa uma análise sobre o Santo Sudário. Doze anos depois, um novo estudo volta a questionar a legitimidade desse símbolo
TBT 4 de abril de 2012 | “A capela real da Catedral de Turim, na Itália, guarda no cofre um manto de linho de quase 4,5 metros de altura e 1,5 metro de largura. Ele está ali há 434 anos. Nele está gravada a imagem espectral de um homem nu. A face tem os olhos cerrados e a boca fechada. No corpo, há marcas de açoites e crucificação.”
O parágrafo acima foi retirado de uma reportagem especial de VEJA de doze anos atrás, mas poderia facilmente ser de um texto atual. Isso porque um novo estudo feito por pesquisadores italianos reacendeu a teoria de que a imagem gravada no pedaço de pano seria a de Jesus.
O estudo chefiado por Liberato De Caro, do Instituto de Cristalografia da Itália, usou um novo método de datação que mede a degradação estrutural através de raios X. Conclusão: a data foi colocada entre os anos 55 e 74 da era cristã.
Nada no estudo diz que é o corpo de Jesus Cristo. Apenas coloca o sudário de linho numa época bem próxima de sua morte, segundo as crenças cristãs e os indícios históricos.
Para os crentes, o manto de Turim é a mais valiosa e legítima relíquia da cristandade, a peça principal dos lençóis de linho que, no relato do evangelista São João, serviram de mortalha para o corpo de Jesus Cristo no sepulcro, o Santo Sudário.
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