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Cientistas encontram molécula relacionada ao diabetes

Em pesquisa, ausência da molécula PIKfyve em camundongos mostrou-se diretamente relacionada a quadros de pré-diabetes — quando o nível de glicose já está acima do normal

Por Da Redação
20 jun 2013, 15h07

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Wayne State, nos Estados Unidos, descobriram uma molécula presente no organismo que pode ser fundamental para evitar o diabetes tipo 2. Ao estudarem um camundongo que não tinha essa molécula, chamada PIKfyve, os especialistas observaram que o animal passou a apresentar características que configuram um quadro de pré-diabetes. A pesquisa completa foi publicada na última edição do periódico American Journal of Physiology – Endocrinology and Metabolsim.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Muscle-specific Pikfyve gene disruption causes glucose intolerance, insulin resistance, adiposity and hyperinsulinemia but not muscle fiber-type switching

Onde foi divulgada: periódico American Journal of Physiology – Endocrinology and Metabolsim

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Quem fez: Ognian C Ikonomov, Diego Sbrissa, Khortnal Delvecchio, Han-Zhong Feng, Gregory D. Cartee, Jian-Ping Jin e Assia Shisheva

Instituição: Universidade Wayne State e Universidade de Michigan, Estados Unidos

Resultado: A ausência de uma molécula chamada PIKfyve fez com que um comundongo apresentasse resistência à insulina e aumento do depósito de gordura – características que configuram um quadro pré-diabético. A descoberta pode ajudar a encontrar novas formas de tratar pessoas com o problema.

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Para Assia Shisheva, coordenadora do estudo, essa descoberta proporciona novos dados sobre os mecanismos que levam uma pessoa a desenvolver resistência à insulina. “Ela também é valiosa ferramenta para a exploração de novas estratégias para melhorar o tratamento de indivíduos com pré-diabetes”, disse em comunicado.

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Mecanismo – Após uma refeição, os níveis de glicose na corrente sanguínea aumentam. Para controlar a taxa glicêmica no sangue, a insulina ajuda a glicose a sair da corrente sanguínea e entrar nas células, fornecendo uma fonte de energia a diversos tecidos do corpo. Conforme gastamos energia, a glicose é usada e liberada.

Pessoas com diabetes tipo 2 produzem insulina normalmente, mas o organismo desenvolve resistência à ação do hormônio. Com isso, os níveis de glicose no sangue ficam acima do normal. Um indivíduo pré-diabético, por outro lado, também apresenta níveis de glicose acima do normal, mas não o suficiente para ser considerado um paciente com diabetes.

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Saiba mais

DIABETES TIPO 1

Neste tipo da doença, a produção de insulina no pâncreas é insuficiente . Os pacientes precisam, então, de doses extras diárias (injeções) de insulina para conseguir manter a glicose em níveis normais. A doença é mais comum em crianças, adolescentes e jovens adultos. O aumento da doença pode ser explicado por sua etiologia multifatorial: ela pode ser desencadeada por infecções virais e aumento de peso, por exemplo.

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DIABETES TIPO 2

Enquanto a diabetes tipo 1 ocorre pela falta da produção de insulina, na do tipo 2 a insulina continua a ser produzida normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. É causada por uma mistura de fatores genéticos e pelo estilo de vida: 80% a 90% das pessoas que têm o tipo 2 da diabetes são obesas.

Ação da molécula – Com o objetivo de entender melhor os mecanismos envolvidos na ação da insulina, a equipe de Assia estuda o assunto há anos. Em 1999, o grupo identificou a molécula PIKfyve. Com base em estudos feitos com cultura de células, observou-se que essa molécula tem um papel importante na hora de a insulina transportar a glicose para as células.

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Na nova pesquisa, a equipe estudou um modelo de camundongo que teve essa molécula extraída de seu tecido muscular – tecido responsável pela maior parte da eliminação de glicose do corpo após uma refeição.

De acordo com os resultados, o animal, sem a molécula, apresentou intolerância à glicose e resistência à ação da insulina, independente de sua idade ou de sua alimentação. Esses dois problemas, segundo a pesquisa, foram acompanhados por um aumento do depósito de gordura. “A combinação desses problemas apresentados pelo animal configuram um conjunto de características típicas de um quadro pré-diabético”, diz Assia.

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