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Acupuntura é alternativa para tratar a enxaqueca, diz estudo

Segundo pesquisadores chineses, pacientes tratados tiveram redução média no número de crises de 5 vezes por mês para 3 episódios mensais

Por Da Redação
21 fev 2017, 16h22

Para milhões de pessoas, as dores causadas pela enxaqueca podem ser tão intensas e debilitantes que um alívio parece ser impossível. Diante desse problema, pesquisadores e empresas farmacêuticas estão sempre em busca de novas opções de tratamento. Um novo estudo publicado na última segunda-feira, no jornal JAMA Internal Medicine, aponta que a acupuntura pode ser útil para reduzir a frequência dos tipos mais comuns de enxaqueca, segundo informações da CNN.

Para o estudo, pesquisadores chineses acompanharam pacientes que estavam enfrentando a condição por pelo menos um ano. Eles foram tratados por acupunturistas treinados e licenciados, com quatro ou cinco anos de experiência clínica cada. Os voluntários foram separados em dois grupos: um deles foi submetido a um tratamento ‘placebo’, apenas uma simulação da terapia, e o outro recebeu as sessões com base na verdadeira acupuntura.

Os especialistas escolheram quatro “pontos” específicos de acupuntura para tratar os pacientes do primeiro grupo. Depois de cinco meses recebendo o tratamento cinco vezes por semana, os doentes relataram melhora. Houve uma redução no número médio de enxaquecas de 5 vezes por mês para 3, sem eventos adversos que exigissem intervenção médica especial.

Enxaquecas são dores de cabeça intensas e latejantes que podem durar horas ou até mesmo dias. “A enxaqueca é um estado anormal do cérebro onde ele se torna hipersensível a estímulos externos”, explica a médica Amy Gelfand, professora assistente de neurologia da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos. Não se sabe muito sobre a origem e os efeitos do distúrbio, mas há fortes indícios de que há um componente genético. “O impacto da enxaqueca é muitas vezes desvalorizado, de modo que toda pesquisa sobre o assunto é importante. Embora os medicamentos preventivos existam, eles não são necessariamente eficazes para todos os pacientes e podem causar efeitos colaterais graves”, conclui Amy.

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A toxina botulínica, conhecida pelo uso cosmético, é aprovado pela FDA, agência de controle de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, para a prevenção da enxaqueca. Especialistas afirmam que o botox pode bloquear a transmissão de sinais de dor entre as células nervosas. A falta de opções que garantam alívio completo têm levado as pessoas a procurarem tratamentos alternativos, incluindo ioga e meditação.

Alimentos e enxaqueca

O impacto do consumo de alimentos como presunto, salsicha e bacon para o desencadeamento de uma crise tem sido estudado pelos cientistas. Conservantes como nitratos e nitritos, geralmente encontrados nas carnes processadas, podem provocar as fortes dores de cabeça. O glutamato monossódico também é considerado um gatilho para enxaquecas e pode ser encontrado em alimentos industrializados, como sopas e molhos.

Além disso, o álcool é um antigo conhecido dos especialistas no assunto. Estudos já mostraram que pessoas que costumam ter enxaquecas são mais vulneráveis a ter ressaca após o consumo de bebidas alcoólicas do que aquelas que não costumam. Os sulfitos, que servem como antibacterianos e antioxidantes em vinhos industrializados, também podem explicar a relação entre a bebida e a ressaca.

Outra substância associada à enxaqueca é a tiramina, presente em queijos, vinhos e outros alimentos fermentados. Elas contribuem para o funcionamento do cérebro, mas em altas quantidades ou até mesmo para pessoas mais sensíveis, podem provocar crises. Para controlar ou evitar as crises, especialistas aconselham manter um “diário”. Assim, é possível monitorar quais alimentos e comportamentos podem estar relacionados às dores de cabeça.

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