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Tasso Jereissati: ‘Não entrego presidência interina do PSDB’

Senador cearense responde que se deputados querem sua saída do comando interino da sigla, basta que peçam ao presidente licenciado, Aécio Neves

Por Da Redação
Atualizado em 22 ago 2017, 16h52 - Publicado em 22 ago 2017, 16h11

Presidente interino do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) convocou nesta terça-feira os parlamentares tucanos insatisfeitos com a sua gestão à procurarem o colega Aécio Neves (MG), presidente licenciado, para pedir que ele seja tirado do cargo. O cearense voltou a dizer que não vai entregar o posto por conta própria e negou que esteja fazendo prevalecer suas convicções pessoais na direção partidária.

“Eles que vão ao Aécio e digam: Aécio, tira o homem que ele não nos representa. E provem que são majoritários. É tão fácil”, declarou, ressaltando que o fato de ser interino em substituição a um presidente efetivo faz com que seja “simplérrimo” substituí-lo: “Eu estou consciente que sou interino. Então, pra deixar a presidência e a interinidade, não precisa de nenhum tipo de articulação, pressão, nada disso. É um ato puro e simples do presidente, que ele faz e pronto”.

Nesta segunda-feira, um grupo de deputados federais se reuniu na casa de Giuseppe Vecci (GO), um dos vice-presidentes do PSDB, para decidir sobre o “comportamento” de Tasso. Os parlamentares foram “aconselhados” pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), a pedir a “correção” ou “substituição” do senador cearense – o nome de Perillo foi defendido para ser o novo presidente em declaração do prefeito de São Paulo, João Doria. Os deputados presentes eram da ala da legenda alinhada ao governo do presidente Michel Temer (PMDB) e estavam acompanhados dos ministros das Cidades, Bruno Araújo, e da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy.

Um dos deputados contrários a Tasso, Rogério Marinho (PSDB-RN) entende que o senador toma pelo partido posição distinta da majoritária. “O partido decide uma coisa e, em público, o porta-voz se posiciona de maneira diferente”, acusou. O presidente interino respondeu ao parlamentar: “Não sei do que Marinho está falando. A gente sempre está fazendo reuniões com as maiores lideranças do partido, com toda certeza, coordenadas com a maioria do partido”.

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Tasso Jereissati prosseguiu adotando tom irônico para falar dos seus críticos, alegando que não recebeu “nem cartão-postal” dos que esperam que ele entregue o posto. “Nunca me falaram nada. Espero que venham falar comigo alguma coisa. Se estão falando por trás, venham falar pela frente. Nunca me procuraram, nem por nota, nem bilhete, nem cartão-postal, nem em telefona, nem WhatApp”, disse.

‘Eu não saio’

O presidente interino do PSDB também rejeitou a hipótese de deixar o partido diante do racha. “Eu não saio. Aécio assumindo, não assumindo, eu não saio do partido. Eu fico no partido. Minha vida foi dedicada a esse partido”, argumentou.

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O estopim para a nova crise interna na legenda é o programa partidário tucano, veiculado em cadeia de rádio e TV na última semana, que faz uma autocrítica sobre o posicionamento do PSDB em relação ao que chama de “presidencialismo de cooptação”. A publicidade irritou o Palácio do Planalto. Tasso assumiu a responsabilidade pela peça publicitária, mas disse que consultou lideranças, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Sobre a presença de Marconi Perillo no jantar com deputados tucanos críticos a ele, Tasso disse que conversou com o governador de Goiás e ouviu outra posição do líder tucano. “Ele me telefonou hoje dizendo que não tem nada a ver com isso, não concorda com isso de maneira nenhuma. Não concorda com qualquer movimento e me apoia.”

(Com Estadão Conteúdo)

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