ONGs usam Rio+20 para pressionar Dilma pelo veto ao Código Florestal
Petição reúne mais de 1,5 milhão de assinaturas. Objetivo é criar "clima internacional" às vésperas da conferência da ONU no Rio de Janeiro
Três grandes ONGs internacionais, Greenpeace, WWF e Avaaz lançaram uma petição para pedir que a presidente Dilma Rousseff vete o Código Florestal, que passou pela Câmara dos Deputados no dia 25 de abril e precisa será examinado até o dia 25 de maio pela presidente. Até a manhã desta sexta-feira, mais de 1,5 milhão de pessoas já tinham aderido à iniciativa. A ideia dos grupos é fazer pressão internacional para que Dilma leve em consideração o “clima internacional” de rejeição ao código, às vésperas da Rio+20.
“A petição vai ser impulsionada por uma campanha liderada pelos três grupos que vai estimular os seus milhões de apoiadores a causar um dilúvio de mensagens e ligações para as embaixadas brasileiras ao redor do mundo demonstrando oposição ao código”, afirma um comunicado divulgado pelas ONGs.
A campanha pede também que seus simpatizantes se manifestem através do Twitter, com as tags: #SOSBrazil e #VetaTudoDilma e também pelo facebook do PT.
“Milhares de pessoas do mundo inteiro estão soando o alarme e telefonando para as embaixadas brasileiras para pedir que a presidente Dilma Rousseff salve a Amazônia”, incita o diretor executivo da Avaaz, Ricken Patel. “A presidente tem uma escolha a fazer: assinar a sentença de morte ou proteger os pulmões do planeta e emergir como uma heroína pública”, sugeriu.
Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace, que recentemente esteve no Brasil para lançar a campanha “Desmatamento Zero” a bordo do novo Rainbow Warriore pediu que a presidente não se posicione ao lado do que descreve como “a destruição de sempre contida no Código Florestal”. “Nós pedimos a ela que trilhe o caminho de uma líder que compreende que com o poder vem a responsabilidade”, disse.
Esta semana, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu o veto da presidente. No entanto, Dilma ainda não se manifestou oficialmente sobre o código aprovado pelos deputados, considerado uma derrota do governo na Casa.
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