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Aumento da rejeição exige humildade e reavaliar planos, diz Doria

Taxa subiu de 13% para 20%, segundo o Datafolha, mas aprovação do prefeito, que completa cem dias de gestão nesta segunda-feira, é recorde no período (43%)

Por Eduardo Gonçalves
Atualizado em 10 abr 2017, 16h10 - Publicado em 10 abr 2017, 13h51

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que é preciso ter “consciência e humildade” para reavaliar propostas ao comentar o aumento da taxa de rejeição ao seu governo — de 13% para 20% — detectada em pesquisa Datafolha divulgada no ultimo sábado. A gestão do tucano completou cem dias nesta segunda-feira.

Antes, o prefeito havia atribuído a rejeição a simpatizantes do PT, PCdoB e PSOL — que, segundo ele, “veem na sua administração um antagonismo muito claro por terem apoiado apoiado gestões anteriores, que fracassaram” —, mas, questionado, reconheceu que só a preferência partidária não justifica todo o aumento do descontentamento. “Há fatos que representam, sim, necessidade de reavaliarmos e melhorarmos a nossa gestão. É um recado. E vamos ter consciência e humildade para [fazer o] aprimoramento. É prudente trabalhar com humildade e não deixar se envaidecer”, afirmou o prefeito, sem, no entanto, detalhar quais medidas devem ser repensadas.

A mesma pesquisa apontou que Doria teve uma aprovação recorde, de 43%, em relação aos seus antecessores no mesmo período — o que foi comemorado pelo prefeito. “Isso mostra que estamos no caminho certo”. Antes dele, o recorde era de Marta Suplicy (então no PT, hoje no PMDB), com 34% de aprovação no mesmo período, seguida pelo petista Fernando Haddad (31%).

As declarações foram dadas em entrevista na prefeitura após Doria apresentar um balanço dos primeiros cem dias de sua gestão para uma plateia formada por cerca de cem pessoas, entre secretários, vereadores, apoiadores e jornalistas. Sessenta ações, realizadas ao longo desses últimos meses, foram detalhadas pelo prefeito, com auxílio de um PowerPoint.

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A cada medida apresentada, o prefeito fazia elogios aos secretários e políticos responsáveis por sua implementação. A sua explanação durou cerca de uma hora e terminou com a logomarca da campanha – “Acelera” -, enérgicos aplausos da plateia e a música “Tema da Vitória”, canção instrumental que ficou famosa ao ser usada pela TV Globo nos triunfos de Ayrton Senna na F-1.

Estresse superado

O prefeito também comentou a briga envolvendo o secretário da Educação, Alexandre Schneider, e o Movimento Brasil Livre (MBL), que apoia o prefeito. Segundo ele, o episódio “gerou um estresse, mas já é assunto superado”. Schneider chegou a pedir demissão na última semana, mas mudou de ideia após conversar com o prefeito.

O secretário passou a ser duramente criticado pelo movimento ao repudiar as visitas-surpresas do vereador Fernando Holiday (DEM), um dos líderes do MBL, para “fiscalizar” o conteúdo ensinado nas salas de aula — a ideia do parlamentar, adepto da tese “escola sem partido”, é coibir “doutrinação ideológica” de esquerda dos professores. Segundo Schneider, o parlamentar excedeu as suas funções e “intimidou” professores.

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O MBL, por sua vez, que tem uma forte atuação nas redes sociais, reagiu e declarou que o secretário não estava no cargo por mérito e exigiu uma retratação. A VEJA Shneider afirmou que, “por ora”, permanece no cargo e que não pedirá desculpas ao movimento. “Retratação pelo quê? Por cumprir a lei?”, questionou ele.

Ao comentar sobre o caso, Doria afirmou que precisou agir para “estabelecer a pacificação” entre os dois lados. Ele também disse que a discórdia não se deu pelo ato em si – a fiscalização nas escolas –, mas pelo modo como ele foi divulgado. O prefeito também informou que pediu a Holiday para que avise o secretário quando for realizar novas visitas às escolas.

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