Ao votar, Dilma é recebida com flores e confusão
Houve tumulto quando a Brigada Militar agiu para vetar o acesso da imprensa ao colégio. Militantes entoaram gritos pró-Dilma
A ex-presidente Dilma Rousseff votou na tarde deste domingo em Porto Alegre, onde passou a viver desde o despejo do Palácio da Alvorada. Ela estava acompanhada do candidato a prefeito Raul Pont e do ex-ministro Miguel Rossetto. Dilma era aguardada por militantes petistas que a receberam aos gritos de “Fora, Temer” e “Dilma guerreira”. A petista recebeu flores dos que a esperavam.
A imprensa foi impedida de acompanhar o voto de Dilma sob a alegação de que a petista é agora uma “cidadã comum”. Houve confusão dada a grande quantidade de pessoas no local. Uma porta de vidro do colégio acabou quebrada. A Brigada Militar agiu para impedir a entrada dos repórteres e houve empurra-empurra com eleitores que estavam na escola.
Na saída da votação, a ex-presidente classificou como “absurda” e “antidemocrática” a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) de impedir que a imprensa registrasse o momento de sua votação. “Acho antidemocrático. Acho um absurdo impedir a imprensa de chegar aqui”, disse Dilma, ainda dentro da escola.
Depois, ela saiu por uma porta lateral do prédio, onde um carro a aguardava. “Sempre votei. Nunca houve isso”, afirmou a ex-presidente quando se dirigia ao automóvel. “Nunca a Brigada Militar foi chamada, nunca fecharam as portas. É lamentável.”