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Presidente do CFM quer que médicos de planos de saúde cobrem por consultas

Com isso, profissionais conseguiriam resolver o problema dos baixos honorários pagos pelas operadoras. O assunto, no entanto, ainda não foi discutido entre os integrantes do CFM

Por Da Redação
15 jan 2013, 10h03

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D’Ávila, quer que médicos de planos de saúde passem a cobrar seus pacientes pelas consultas. Dessa forma, ele explica, os profissionais se desvinculariam dos convênios para esse tipo de atendimento e o credenciamento passaria a valer apenas para outros procedimentos. A estratégia, uma forma de driblar os baixos honorários pagos pelas operadoras, porém, teria uma limitação: não poderia ser adotada por profissionais que atendessem nos hospitais dos planos de saúde ou por médicos contratados. O tema ainda não foi discutido entre integrantes do colegiado. “Mas estou divulgando a ideia. Meu sonho é que isso seja feito o mais brevemente possível”, diz.

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D’Ávila considera um equívoco médicos aceitarem receber de 30 a 40 reais dos planos de saúde por consulta e, no atendimento particular, cobrar pelo menos 150 reais. “Os reflexos disso são evidentes”. O presidente ainda observa que a consulta de pacientes atendidos pelo convênio de saúde são muito rápidas e não ultrapassam 10 minutos. Já a consulta de um paciente particular pode durar, em média, meia hora. “Isso não é bom para o profissional, não é bom para o paciente”, diz.

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O presidente do CFM diz não haver empecilho para que o descredenciamento para atendimento de consultas seja realizado. “Em boa parte dos casos, não há contrato entre operadora e prestador de serviço. Os termos são antigos, não foram renovados e, consequentemente, não têm validade”, afirma.

Resposta – Arlindo Almeida, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), que reúne as principais operadoras de planos de saúde, afirmou que médicos estão livres para pedir o desligamento do plano de saúde. “Ninguém os obriga a manter a ligação com a operadora”, afirma. Ele diz não temer que, com a recomendação, haja um descredenciamento em bloco. “A fila de médicos querendo entrar nos planos de saúde é certamente muito maior do que aquela de profissionais que pensam em se descredenciar. Seria mais correto eles adotarem essa medida do que organizarem suspensões temporárias de atendimento, como estão fazendo.”

Para Joana Cruz, advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), médicos têm o direito de se descredenciar do plano a qualquer tempo. Ela avalia, no entanto, que a estratégia sugerida pelo presidente do CFM deixa evidente a turbulência nas relações entre operadoras e médicos. “A reivindicação da classe é justa. O problema é que consumidores estão arriscados a pagar um alto preço por esse embate.”

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A sugestão apresentada pelo presidente do CFM, de que pacientes peçam o reembolso do valor da consulta às operadoras, não se aplica a todos os consumidores, observa. “Isso vale somente para quem tem planos de livre escolha. Os demais terão de ser atendidos por médicos de uma rede ofertada pelas operadoras.”�

Em nota, a ANS afirmou que sua missão é regular as operadoras e fiscalizar os planos. “As operadoras são obrigadas a oferecer consultas aos beneficiários.”

(Com Estadão Conteúdo)

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