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No Rio, epidemia de dengue resiste ao fim do verão

Número de casos mantém ritmo acelerado de crescimento no estado. Em 2011, já são 39 mortes e mais de 56 mil contaminados

Por Rafael Lemos
20 abr 2011, 19h32

Os números da dengue no estado Rio de janeiro crescem a cada novo boletim semanal da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil (Sesdec). De acordo com a atualização divulgada nesta quarta-feira, o total de casos suspeitos subiu de 45.489 para 56.882, no acumulado até a 15ª semana epidemiológica de 2011 (2 de janeiro a 16 de abril). Nesse período, foram registrados 39 óbitos confirmados (quatro a mais do que na semana anterior), nas seguintes cidades: Nova Iguaçu (3), Duque de Caxias (3), Magé (2), Cabo Frio (1), São Gonçalo (5), Maricá (1), Mesquita (2), Rio de Janeiro (13), São João do Meriti (4) e São José do Vale do Rio Preto (1), Bom Jesus de Itabapoana (1), Itaocara (1), Itaperuna (1), Rio das Ostras (1).

As próximas duas semanas são preocupantes. Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiólogica e Ambiental da Sesdec, Alexandre Chieppe, existe uma grande possibilidade de os índices piorarem até o fim do mês. “Existe essa possibilidade. Hoje, não existe tendência de queda. O pico no Rio, historicamente, se dá na segunda quinzena de abril. Em março, a gente teve uma queda, mas não conseguimos avaliar se ela iria se sustentar. Não se sustentou e os números voltaram a subir. Estamos mantendo as ações de combate e assistência à população”, afirma Chieppe.

No fim de março, eram 10 os municípios fluminenses com epidemia da doença. Agora, já são 18: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antonio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci. A Subsecretaria de Vigilância em Saúde ressalta, no entanto, que continua sendo observada a redução no número de notificações nos seguintes municípios: Bom Jesus de Itabapoana, Seropédica, Magé, Santo Antonio de Pádua, entre outros 10 municípios que também apresentam redução na quantidade de notificações.

A situação também preocupa na capital, onde já foram registrados 6.103 casos suspeitos em abril (índice de 97 casos por 100 mil habitantes) – mais do que os 5.691 em todo o mês de fevereiro. No acumulado do ano, são 26.558 casos na cidade.

As epidemias de dengue costumam ceder com o fim do verão, mas não é o que tem acontecido no estado do Rio. Entre os argumentos das autoridades está o fato de que, apesar do fim da estação mais quente do ano, o calor persiste na região. “É a questão da temperatura e das chuvas. O Rio ainda está com um padrão de temperatura que historicamente contribui para a transmissão de dengue. Os diferentes estados da federação têm padrões de temperatura muito diferentes. Outro fator que faz do Rio um caso particular é o cenário epidemiológico. Diferente de Minas e São Paulo, não tivemos epidemia nos últimos 2 anos. E também tivemos a reintrodução da dengue tipo 1. COm isso, temos uma parcela muito grande da população suscetível à doença”, explica Chieppe.

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