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Dispositivo criado em impressora 3D salva vida de bebê

Médicos americanos implantaram um tubo bioabsorvível em bebê com grave problema respiratório. Graças ao procedimento inédito, criança respirou normalmente pela primeira vez

Por Da Redação
23 Maio 2013, 11h22

Médicos da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, foram capazes de tratar um bebê que sofria de graves problemas respiratórios graças a um dispositivo para os brônquios criado a partir de uma impressora 3D. Kaiba Gionfriddo, hoje com um ano e sete meses, apresentava um defeito de nascença que bloqueava o fluxo de ar para os pulmões, fazendo com que ele parasse de respirar quase todos os dias. Aos três meses de vida, o garoto foi submetido a uma cirurgia inédita, na qual foi implantado o suporte em seu brônquio defeituoso. Depois do procedimento, Kaiba respirou normalmente pela primeira vez e, desde então, não teve mais problemas de falta de ar.

Kaiba Gionfriddo nasceu com traqueobroncomalacia grave, uma má-formação nos brônquios, tubos que levam o ar aos pulmões. Em casos graves, a condição pode levar à morte. Quando tinha apenas seis semanas de vida, Kaiba “ficou azul e parou de respirar”, segundo sua mãe, April Gionfriddo. Mesmo com os melhores tratamentos disponíveis, Kaiba não obteve melhoras, e continuava sofrendo episódios de falta de ar.

Vídeo: Impressora 3D transforma ideias em realidade

Brônquio 3D – O caso de Kaiba acabou chegando ao conhecimento de Glenn Green, professor de Otorrinolaringologia Pediátrica da Universidade de Michigan. Junto à sua equipe, Green havia desenvolvido pequenos tubos bioabsorvíveis que poderiam ajudá-lo a respirar. Esses dispositivos, feitos de um biopolímero chamado policaprolactona, foram obtidos a partir de uma impressora 3D, que usa um laser guiado por computador para fundir materiais de plástico e criar objetos.

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Em fevereiro de 2012, um desses tubos – feito sob medida para o corpo de Kaiba – foi implantado em volta do seu brônquio defeituoso para evitar que ele se fechasse novamente e interrompesse o fluxo de ar. “Foi incrível. Assim que a tala foi colocada, os pulmões começaram a se mexer para cima e para baixo pela primeira vez, e nós sabíamos que ele estava indo bem”, disse Green em comunicado divulgado nesta quarta-feira pela universidade.

Segundo os responsáveis pela cirurgia, o dispositivo será absorvido completamente pelo corpo em um período de dois a três anos. É o tempo que levará “para a traqueia ser remodelada e crescer em um bom estado de saúde”. O caso de Kaiba foi descrito em um artigo publicado nesta quinta-feira no periódico The New England Journal of Medicine.

A doença – A traqueobroncomalacia atinge um em cada 2.220 bebês, e muitas vezes é diagnosticada como asma. Formas graves dessa doença, como o caso de Kaiba, são raros – apenas 10% de todas as pessoas com a condição apresentam casos agressivos. “Essa condição tem me incomodado há anos, já vi muitas crianças morrerem. Esse trabalho é uma grande realização e oferece esperança para essas crianças”, diz Green.

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