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Conselho de Enfermagem do Rio vai à Justiça defender o parto em casa

Na sexta-feira, entidade deve entrar com uma ação civil pública contra as resoluções do Cremerj, que proíbem médicos de participar do procedimento

Por Pollyane Lima e Silva, do Rio de Janeiro
25 jul 2012, 15h58

O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) prepara uma ação civil pública contra as resoluções do Conselho Regional de Medicina do estado (Cremerj), que na semana passada proibiram médicos de fazerem parto em casa e vetaram a ação de parteiras e doulas (acompanhantes de gestantes) em ambientes hospitalares. O documento deve ser entregue ao Ministério Público nesta sexta-feira, como adianta a enfermeira Therezinha Nóbrega, vice-presidente do Coren-RJ. “Essa é a nossa previsão, mas não estamos preocupados com o tempo, porque queremos fazer um trabalho coerente”, ressalva.

Todo o texto está baseado em uma única questão, resume Therezinha: o direito de escolha da mulher. “Se a grávida fez um bom pré-natal, que não apresentou nenhum indício de alto risco, não há porque ela não ter o direito de escolher onde quer parir seu filho.” A decisão do Cremerj não impede, mas dificulta bastante o parto em casa, uma vez que essa mãe não vai poder contar com um obstetra de plantão caso seja necessário. “Isso não pode se transformar em briga de corporações. Atendimento de saúde se faz com equipe multidisciplinar. Riscos existem, inclusive no hospital, e você pode precisar da interferência de um médico”, destaca a enfermeira.

Therezinha ainda lembra que apenas 2% de todos os nascimentos no Brasil acontecem fora dos hospitais e diz que uma medida extrema diante de um índice tão pequeno é o mesmo que fazer tempestade em copo-d’água. “A sociedade evolui tecnologicamente e acha que todo mundo tem de seguir isso. Cerca de 98% dos partos no Brasil são feitos em ambientes hospitalares. Ainda assim, temos 58 mortes maternas para cada 100.000 nascidos vivos. Esse é um número alto e que mostra a carência do sistema de saúde pública no país. Isso sim é grave.”


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