UE diz que resposta ao terrorismo é a união entre europeus e árabes
Chefe da diplomacia do bloco, Federica Mogherini, falou sobre os atentados pouco antes de iniciar sua participação em uma cúpula internacional para tentar pôr fim ao conflito na Síria
A Europa e os países árabes devem trabalhar juntos para conseguir a paz na Síria e enfrentar o terrorismo que os afeta da mesma forma, afirmou neste sábado em Viena a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, antes de iniciar sua participação em uma cúpula internacional para tentar pôr fim ao conflito na Síria.
A diplomata italiana disse que muitos dos países que participam da reunião sofreram “a mesma dor” do terrorismo, cujo último episódio foram os atentados de ontem à noite em Paris.
“Os europeus, os árabes, Oriente e Ocidente, a comunidade internacional está afetada pelo terrorismo. A melhor resposta é nos unir para superar nossas diferenças e tentar juntos seguir o caminho em direção à paz na Síria”, disse Mogherini.
A representante da UE declarou também que hoje é um dia triste e que a cúpula de Viena deveria ter “outro tipo de significando” sob a sombra dos ataques de Paris, assim como os que sofreram o Líbano, a Rússia, o Egito e a Turquia nas últimas semanas.
A chefe da diplomacia europeia afirmou não poder dizer ainda se o encontro deste sábado acabará com medidas concretas, mas espera que os países reunidos possam mostrar “responsabilidade e liderança” e insistiu quanto a essa necessidade de união ante os conflitos e ameaças comuns.
Os ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos, John Kerry, e Rússia, Sergei Lavrov, dirigem uma cúpula da qual participam também Alemanha, Arábia Saudita, China, Egito, Emirados Árabes, França, Líbano, Irã, Iraque, Itália, Jordânia, Reino Unido, Turquia e Omã, Mogherini e o emissário especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.
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Com agência EFE)