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UE adota formalmente novas sanções contra a Rússia

Medidas terão forte impacto econômico sobre setores sensíveis da economia e podem criar problemas para empresas que precisam captar dinheiro no exterior

Por Da Redação
8 set 2014, 17h55

A União Europeia (UE) adotou novas sanções econômicas mais restritivas contra a Rússia por seu papel na desestabilização da Ucrânia, informou nesta segunda-feira o presidente permanente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. “O Conselho adotou hoje um pacote de novas medidas restritivas contra a Rússia, intensificando as que foram adotadas no dia 31 de julho”, disse Van Rompuy através de um comunicado.

O presidente do Conselho Europeu também destacou que “as sanções buscam promover uma mudança no curso das ações da Rússia na desestabilização no leste da Ucrânia”. Van Rompuy aproveitou para lembrar que os chefes de Estado e de governo da UE condenaram na cúpula de 30 de agosto o aumento da presença de “milicianos e de armamento da Federação Russa no leste da Ucrânia e as ações das Forças Armadas russas contra o território ucraniano”.

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Os 28 países do bloco decidiram na última sexta-feira endurecer as sanções econômicas impostas a Moscou desde julho nos mercados de capital, defesa, produtos de uso dual (civil e militar) e tecnologias sensíveis. Além disso, concordaram em ampliar as restrições de viagem e o congelamento de bens de outros 24 dirigentes e magnatas russos, da Crimeia e de Donbass, a região industrial no leste ucraniano onde estão concentrados os separatistas pró-Rússia. Van Rompuy detalhou que as novas sanções entrarão em vigor a partir de sua publicação no Diário Oficial da UE, “o que deve acontecer nos próximos dias”, segundo o comunicado.

O presidente do Conselho Europeu considerou que esse prazo de alguns dias “dará tempo para avaliar o plano de paz e o cessar-fogo” estipulado na semana passada pelas autoridades ucranianas e os milicianos separatistas. “Dependendo da situação no terreno, a UE está preparada para revisar essas sanções”, afirmou Van Rompuy. Essa decisão foi tomada após a reunião informal entre os embaixadores dos 28 países da União Europeia. A Ucrânia e os rebeldes acordaram no dia 5 de setembro com a mediação da Rússia e da UE um cessar-fogo que deveria dar o início a um processo de paz bastante complicado, já que os insurgentes não renunciam à independência.

As novas sanções definidas pelo bloco são medidas do chamado “nível três”, com forte impacto econômico sobre setores sensíveis da economia do país, segundo informação do jornal francês Le Monde. A medidas restritivas impedem, entre outras coisas, que cidadãos europeus comprem ações ou invistam em empresas públicas russas, especialmente aquelas do setor de energia e defesa, o que pode gerar imensas dificuldades para grandes companhias que precisam captar dinheiro no exterior. As sanções também preveem uma suspensão de exportação de tecnologia voltada para fins militares. Os Estados Unidos devem seguir a movimentação das nações europeias com medidas semelhantes.

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Prisioneiros – O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, anunciou nesta segunda a libertação de 1.200 pessoas presas pelos separatistas pró-Rússia, como parte do acordo de cessar-fogo. A troca de prisioneiros de guerra mediante a fórmula ‘todos por todos’ é um dos principais aspectos do protocolo de doze pontos assinado em Minsk, capital da Bielorrússia, para se conseguir um cessar-fogo entre o exército ucraniano e os separatistas. Segundo o líder da autoproclamada república popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko, na quarta-feira será a vez de Kiev libertar os rebeldes que estiverem em seu poder.

O presidente também informou sobre o resgate de 33 soldados ucranianos cercados pelos insurgentes. As forças de segurança ucranianas reconheceram hoje que a situação na zona é estável, embora durante a noite de domingo tenham ocorrido várias tentativas de aproximação em direção a Mariupol por parte dos insurgentes pró-Rússia. Tanto o comando militar ucraniano como os sublevados denunciaram violações da trégua desde o momento de sua entrada em vigor no final da tarde de sexta-feira.

(Com agência EFE)

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