Seul e Pyongyang concluem sua segunda reunião de alto nível em uma semana
Sul quer garantir o acontecimento do reencontro das famílias separadas pela guerra. Norte critica exercícios militares conjuntos entre Seul e Washington
Por Da Redação
14 fev 2014, 07h16
As Coreias do Norte e do Sul concluíram nesta sexta-feira sua segunda reunião diplomática de alto nível nesta semana com o objetivo de aproximar suas posições e começar uma etapa de distensão, informou o Ministério da Unificação de Seul. Após várias rodadas de conversas que se prolongaram durante aproximadamente quatro horas, “demos por concluído o encontro de hoje [sexta-feira]”, afirmou uma porta-voz do Ministério da Unificação, que, por enquanto, se recusou a oferecer mais detalhes sobre os resultados das negociações.
A reunião na aldeia fronteiriça de Panmunjom foi uma continuação do primeiro encontro diplomático em sete anos iniciado nesta quarta-feira. Foi também o primeiro diálogo de Seul com Pyongyang após a ascensão ao poder do ditador Kim Jong-un, em dezembro de 2011. No primeiro contato os representantes de Norte e Sul puseram sobre a mesa diferentes prioridades, o que impediu uma aproximação de suas posições para que chegassem a acordos concretos.
Enquanto a Coreia do Sul exigiu garantias para a realização do encontro das famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950 – 1953), o primeiro em três anos e programado para o final deste mês, o Norte solicitou que Seul adiasse os próximos exercícios militares conjuntos com os EUA para que não coincidam com as reuniões familiares. Após rejeitar o pedido norte-coreano, Seul adiantou que no encontro desta sexta-feira manteria “a mesma postura”, com o intuito de “desvincular completamente a reunião das famílias dos exercícios militares”. (Continue lendo o texto)
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Diante do impasse, fica em aberto a realização do reencontro programado entre as cerca de 200 famílias para rever seus parentes do outro lado da fronteira – entre os dias 20 e 25 – após mais de seis décadas de separação. No dia 24, Coreia do Sul e EUA planejam iniciar seus exercícios militares, batizados de Key Resolve e Foal Eagle, apesar da forte oposição da Coreia do Norte, que os considera como uma ameaça a sua segurança. Atualmente, os Estados Unidos mantém 28.500 militares Coreia do Sul e se comprometem a defender seu aliado diante de um hipotético ataque do Norte.
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