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Rússia desloca mais um navio para a costa da Síria

Principal aliado do regime de Bashar Assad advertiu os Estados Unidos que qualquer ataque ao território sírio pode 'provocar uma virada perigosa' no país

Por Da Redação
6 set 2013, 10h38

A Rússia deslocou mais um navio de guerra para o Leste do Mediterrâneo nesta sexta-feira, informou a agência de notícias estatal Interfax. Desta vez, os russos enviaram o navio de desembarque Nikolay Filchenkov, que está baseado em um porto no Mar Negro. O anúncio foi feito em meio à escalada de tensão na região por causa da intenção dos Estados Unidos de atacar o regime sírio e ao mesmo tempo em que o presidente Vladimir Putin recebe os líderes do G20 em São Petersburgo.

“O navio vai atracar em Novorossiysk, onde receberá uma carga especial. Depois, seguirá para um área de serviço designada no Leste do Mediterrâneo”, afirmou uma fonte da Marinha à Interfax.

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O Nikolai Filchenkov não estava entre os navios que seriam deslocados para o Mediterrâneo como parte de um revezamento já planejado, segundo informou o ministério há um mês. Na quarta-feira, a Rússia já havia anunciado o envio para a região do cruzador Moskva (Moscou, em russo). Atualmente, uma fragata e três corvetas russas já estão no Mediterrâneo. Na segunda-feira, a Rússia também anunciou o envio de um navio de reconhecimento à região.

Base naval – A Rússia é o principal aliado do regime do ditador sírio Bashar Assad. No país, fica a única base naval russa no exterior, Tartus, construída nos tempos da União Soviética.

Também nesta sexta-feira, a Rússia advertiu o governo dos Estados Unidos sobre o risco de atacar os depósitos de armas químicas do regime sírio, em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores. “Advertimos as autoridades americanas e seus aliados que qualquer ataque contra instalações químicas e arredores provocaria uma virada perigosa na crise síria”, afirma o comunicado.

A nota destaca o risco de contaminação tóxica e a possibilidade de que as armas caiam em mãos de “rebeldes e terroristas”.

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A crise síria ofuscou a cúpula do G20 em São Petersburgo nesta semana, e há pouca expectativa de que as potências mundiais consigam superar as divergências sobre o assunto. O regime de Bashar Assad é acusado de usar armas químicas contra a população do país em um ataque no dia 21 de agosto. A ação deixou mais de 1.400 mortos, segundo os EUA.

Tanto a Rússia quanto a China vêm bloqueando qualquer possibilidade de aprovação de um aval da Organização das Nações Unidas para uma intervenção militar na Síria. Na quinta-feira, a representante dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Samantha Power, disse que o Conselho de Segurança da ONU “é refém da Rússia”. Para ela, não existe nenhuma maneira de reagir ao ataque químico na Síria obtendo o aval dos membros do Conselho.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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