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Recusa ao pedido de mísseis ajuda Assad, diz líder opositor

Kofi Annan diz acreditar que é tarde demais para uma intervenção militar no país

Por Da Redação
27 mar 2013, 09h17

A recusa das potências internacionais em fornecer mísseis Patriot para defender áreas controladas pelos rebeldes do norte da Síria envia uma mensagem ao ditador Bashar Assad de que “pode fazer o que quiser”, disse o líder da oposição síria, Moaz Alkhatib, nesta quarta-feira. Ele também afirmou que não vai recuar da renúncia como líder da principal coalizão de oposição síria, mas que ainda vai exercer funções de liderança, por enquanto.

Entenda o caso

  1. • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
  3. • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
  4. • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.

A Otan afirmou mais cedo que não tem qualquer intenção de intervir militarmente na Síria, após Alkhatib ter pedido aos Estados Unidos o uso de mísseis Patriot posicionados na Turquia para proteger áreas controladas pelos rebeldes do poder aéreo Assad. “Fiquei realmente surpreso com o comentário da Casa Branca de que não era possível aumentar o alcance dos mísseis Patriot para proteger o povo sírio”, disse ele. “Temo que isso seja uma mensagem para o regime sírio dizendo: ‘Faça o que quiser'”.

Perguntado sobre sua renúncia, no domingo, como líder da coalizão rebelde – que ele disse ter sido motivada principalmente pela frustração com a relutância do Ocidente em aumentar o apoio à oposição – ele disse: “Entreguei minha renúncia, e não desisti. Mas tenho que continuar com meus deveres até que o comitê geral encontra (um substituto).”

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Intervenção – Na noite de terça-feira, o ex-enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, declarou que acredita ser tarde demais para uma intervenção militar no país e que armar os adversários do presidente Assad não vai acabar com a crise que já dura dois anos. Annan, que renunciou em agosto culpando as divergências no Conselho de Segurança da ONU pelo impasse em sua mediação, pediu uma solução política com base em um acordo alcançado pelas potências mundiais em Genebra, em junho.

“Não vejo uma intervenção militar na Síria. Ficou muito tarde para isso”, disse Annan. “Aumentar a militarização do conflito não me parece ser a maneira de ajudar o povo sírio. O que todos querem é o fim da matança. Mesmo assim, algumas pessoas de fora da Síria estão ansiosas por colocar armas no país. Minha opinião pessoal é de que temos que encontrar uma maneira de derramar água sobre o fogo, e não o contrário”, acrescentou. A ONU diz que cerca de 70.000 pessoas foram mortas na Síria.

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para aliviar um embargo à venda de armas à Síria

(Com agência Reuters)

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