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Protestos se espalham por Hong Kong

Sexto dia de manifestações coincide com feriado nacional que marca a fundação do Estado comunista chinês

Por Da Redação
30 set 2014, 21h36

Os protestos pró-democracia se espalharam pelos distritos de Hong Kong na manhã de quarta-feira (horário local), e a expectativa é de que o número de manifestantes aumente ao longo do dia, que é feriado na China – a data marca a fundação do Estado comunista chinês em 1949. Antes restritos ao centro financeiro da região, os protestos, agora em seu sexto dia, chegaram às áreas comerciais próximas e às redondezas de prédios do governo. Não há estimativas oficiais sobre o número de participantes. Um organizador estimou que pelo 100.000 pessoas estejam nas ruas.

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Segundo o The Wall Street Journal, líderes estudantis estão tentando concentrar os manifestantes em áreas pré-determinadas na tentativa de impedir que os protestos saiam do controle. Jornalistas presentes na cidade apontam que existe o risco que os protestos acabem se misturando com as cerimônias oficiais marcadas para o feriado, e, conforme aumenta o número de manifestantes, cresce o temor de uma reação mais dura por parte do governo.

Na terça-feira, os organizadores dos protestos deram um ultimato para o chefe do Executivo local, Leung Chun-ying, renunciar e avisaram que as manifestações iam continuar caso as exigências não fossem atendidas. O objetivo principal dos protestos é reverter uma medida do governo central do país que limitou a escolha das autoridades locais a uma lista de candidatos pré-determinada pelo governo.

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Até o momento, as autoridades responderam aos protestos com bombas de gás lacrimogênio e a prisão de dezenas de manifestantes, mas as medidas de repressão não têm sido suficientes para brecar os protestos. Os confrontos já começam a afetar o comércio local. A empresa de cosméticos francesa L’Oréal anunciou nesta terça-feira que proibiu seus funcionários de viajarem para Hong Kong pelo menos até a semana que vem.

Censura – Embora a reação oficial aos protestos em Hong Kong continue sendo de responsabilidade das autoridades locais, o governo central já começa a tomar medidas para lidar com a crise. No domingo, representantes de Pequim em Hong Kong avisaram diplomatas ocidentais para que eles mantenham distância dos manifestantes.

O governo central também está impedindo a transmissão de notícias sobre os protestos para o restante do país, em uma restrição tão ampla que nenhuma imagem das manifestações apareceu na mídia estatal. A cobertura das manifestações tem sido limitada a âncoras de televisão lendo textos breves sem imagens ou fotos. Os relatos mencionam reuniões ilegais de pessoas em Hong Kong e esforços das autoridades para dispersá-las. Também há censura nas redes sociais de expressões como “gás lacrimogêneo”. O serviço de compartilhamento de fotos Instagram foi fechado na China durante o fim de semana.

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Por outro lado, a imprensa de Hong Kong tem feito transmissões ao vivo e contínuas, mostrando estudantes desarmados tentando se proteger do gás lacrimogêneo e de pimenta com guarda-chuvas.

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