Otan detecta novo lançamento de míssil na Síria
Rebeldes começam a avançar em direção a cidade estratégica no país
O chefe da Otan, Anders Fogh Rasmussen, condenou nesta sexta-feira o lançamento de mísseis de curto alcance pela Síria, depois de uma fonte da aliança ter detectado novos lançamentos de mísseis no país esta semana. Segundo a fonte da Otan (a aliança militar ocidental), houve múltiplos lançamentos em território sírio na manhã de quinta-feira.
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Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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Rasmussen disse que a Otan lamenta o lançamento de mísseis. “Eu considero atos de um regime desesperado que se aproxima de um colapso”, afirmou Rasmussen a jornalistas na sede da aliança.
Rebeldes – Enquanto isso, rebeldes sírios começaram a avançar em direção a uma cidade estratégica no centro do país, e sitiaram pelo menos uma localidade dominada pela seita minoritária alauíta, do ditador Bashar Assad, segundo ativistas. A operação dos rebeldes, ligados à maioria sunita, pode inflamar ainda mais as tensões sectárias que permeiam a guerra civil síria, iniciada há 21 meses.
Fontes da oposição disseram que os rebeldes já conquistaram algum território na localidade de Morek, que fica junto à rodovia que liga Damsco, a capital, a Alepo, maior cidade síria. Eles cercaram a cidade alauíta de Al Tleisia e planejam capturar a localidade de Maan, porque a presença de tropas do governo nesses dois lugares prejudica o avanço para Morek.
“Foguetes estão sendo disparados de lá , eles estão sendo disparados de Maan e Al Tleisia. Tomamos dois postos de controle no sul da cidade de Morek, e se quisermos controlá-la precisamos capturar Maan”, disse um capitão rebelde que pediu anonimato, na zona rural da província de Hama.
(Com agências EFE e Reuters)