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Oposição venezuelana pede ajuda ao papa

Henrique Capriles enviou uma carta ao sumo pontífice, que no próximo domingo vai receber o presidente Nicolás Maduro em um audiência no Vaticano

Por Da Redação
5 jun 2015, 09h03

O principal nome da oposição venezuelana Henrique Capriles enviou nesta quinta-feira uma carta ao papa Francisco, na qual expôs a realidade de seu país, poucos dias antes do encontro entre o pontífice e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Vaticano. Em sua carta, Capriles pediu ao papa, que se reunirá com Maduro no próximo domingo, sua intervenção “para ajudar os venezuelanos a conseguir o caminho do diálogo com um governo que ignorou as reflexões da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) sobre a crise econômica, política e social que vive o país”.

Na carta, que foi enviada através da sede da Nunciatura Apostólica em Caracas, o ex-candidato à presidência e governador do Estado de Miranda, também garantiu que “muita gente está morrendo na Venezuela porque não há remédios disponíveis”. Capriles afirmou que a situação nos hospitais “é dramática” e que “nas maternidades não há atendimento” para as mulheres em trabalho de parto. “As pessoas também estão morrendo pela incapacidade do Estado e das instituições de Justiça, que sequer mencionam a tragédia de 24.980 mortos em 2014 por ação da delinquência comum”, disse Capriles na carta, na qual acrescentou que “as prisões são antros de vergonha e degradação dos seres humanos detidos”.

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Além disso, o político afirmou que as necessidades básicas de saúde, alimentação e segurança “não apenas não são satisfeitas” na Venezuela, “mas tendem a se agravar perigosamente, a ponto de colocar o país à beira de uma crise humanitária”, tudo isso sem que exista uma catástrofe natural ou uma guerra civil. Ao concluir o texto, Capriles se referiu aos presos políticos que, segundo ele, “são submetidos à tortura psicológica e condições físicas de ignomínia”.

O opositor destacou os casos dos políticos presos Daniel Ceballos e Leopoldo López, que se encontram em greve de fome desde 22 e 24 de maio, respectivamente, e acrescentou que no país existem “mais de 70 detidos pelo simples fato de pensarem diferente”. Hoje, o presidente da comissão de Justiça e Paz da CEV, monsenhor Roberto Luckert, pediu às autoridades venezuelanas permissão para que essa entidade possa visitar os políticos presos em greve de fome para observar suas condições de saúde e de reclusão e constatar que os direitos humanos estão sendo respeitados.

(Da redação)

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