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Manifestantes protestam contra reforma trabalhista na França

Sindicatos e estudantes são contrários à mudança que tornaria as leis trabalhistas mais flexíveis no país

Por Da Redação
12 Maio 2016, 15h09

O governo socialista da França enfrentou protestos nacionais e uma moção de desconfiança no parlamento nesta quinta-feira após anunciar a decisão de ignorar a oposição generalizada e impor uma reforma das leis trabalhistas que tornará as contratações e demissões mais simples. A mudança permite que as empresas apliquem regras próprias de pagamentos e condições, ao invés das regras nacionais, além a regulamentação das horas de trabalho.

De acordo com a rede BBC, sindicatos e estudantes tomaram as ruas de Paris e fizeram barricadas nas cidades de Nantes e Rennes. Também aconteceram passeatas em Lille, Tours e Marseille. Na capital, a polícia teria utilizado gás lacrimogênio para dispersar manifestantes que jogavam bombas de gasolina, segundo relatos nas redes sociais.

Os protestos expõe o governo ao risco de uma rejeição popular e de episódios de violência cada vez maiores em reação à reforma, rejeitada por três de cada quatro pessoas, segundo pesquisas de opinião. Na semana passada, o presidente François Hollande decidiu forçar a mudança na legislação trabalhista sem passar pela aprovação parlamentar, utilizando poderes especiais do executivo após meses de resistência. Agora, a lei só poderia ser barrada com o voto de desconfiança que será votado hoje à tarde e forçaria o governo a renunciar.

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A moção foi solicitada por partidos oposicionistas que não têm apoio suficiente para aprová-la, portanto, o governo do primeiro-ministro francês Manuel Valls deve sobreviver facilmente à medida. Seriam necessários 288 votos e especula-se que a oposição ainda precise 40 apoiadores para chegar a esse número.

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Alguns parlamentares do Partido Socialista, do qual Hollande faz parte, estão entre aqueles que devem apoiar a moção, pois veem a reforma como contrária aos interesses dos trabalhadores. Por outro lado, o governo argumenta que é necessário tornar o mercado de trabalho mais flexível para fomentar a criação de empregos. Mesmo diante da concentração de manifestantes em cidades de toda a França, o porta-voz governamental, Stéphane Le Foll, disse que descartar a reforma está fora de cogitação.

“É hora de engatar outra marcha”, disse Philippe Martinez, líder do importante sindicato trabalhista CGT, ao jornal l’Humanité. O sindicato anunciou a persistência de protestos, além de uma greve de ferroviários a partir da semana que vem. Outras categorias, como os condutores de caminhões, devem fazer o mesmo.

(Com Reuters)

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