Governo pede cautela após ameaça jihadista a shoppings
Grupo terrorista que atua na Somália e em outros países africanos divulgou pedido de ataques contra centros comerciais nos EUA, Canadá e Grã-Bretanha
O secretário americano de Segurança Interna americano, Jeh Johnson, pediu neste domingo prudência aos consumidores, após as ameaças jihadistas lançada contra o shopping Mall of America, em Minnesota, no norte do país, e outros estabelecimentos comerciais no Canadá e na Grã-Bretanha. O Mall of America é um dos maiores shoppings dos Estados Unidos. Segundo informações disponíveis em sua página, seu tamanho equivale a sete estádios de beisebol dos Yankees, em Nova York.
De acordo com o Grupo de Inteligência SITE, especializado em monitorar ameaças e ataques terroristas, a organização islâmica Al Shabab, braço da rede Al Qaeda na Somália, divulgou um vídeo, convocando a realização de ataques similares ao do Shopping Westgate, em Nairóbi, Quênia, em setembro de 2013. O atentado deixou 67 mortos e mais de 175 feridos.
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“Estamos em uma nova fase, na qual as organizações se apoiam cada vez mais em atores independentes para inspirá-los, uni-los às suas causas e para cometer seus próprios ataques em pequena escala. Estou muito preocupado”, completou o secretário Johnson.
“A guerra apenas começou”, declarou o porta-voz terrorista no vídeo. “Westgate é apenas uma gota no oceano. Os ataques continuarão”, prometeu Ali Mahmud Ragi. No final da gravação de 66 minutos, que tem versões em árabe e em inglês, um indivíduo mascarado convoca os “lobos solitários” a atacarem shoppings ocidentais, nomeadamente, nos Estados Unidos, no Canadá e na Grã-Bretanha. “E se acontecer um ataque no Mall of America, em Minnesota? Ou no West Edmonton Mall, do Canadá? Ou em Londres, na Oxford Street?”, sugere o indivíduo.
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O objetivo dos islamitas as Al Shabab é derrubar o governo da Somália, que conta com o apoio da comunidade internacional. Vários ataques já foram cometidos pelo grupo em países vizinhos. Cerca de 100 militares americanos estão locados na Somália para ajudar o governo somali em sua luta contra os islamitas.
(Com agência Reuters)