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Gás sarin foi usado na Síria, afirma governo francês

Chanceler da França cobrou punição a responsáveis pelo uso de arma química. Estados Unidos afirmaram que ainda são necessárias mais provas

Por Da Redação
4 jun 2013, 17h38

A França “tem certeza de que o gás sarin foi usado diversas vezes, e de forma localizada, na Síria“. A informação foi dada nesta terça-feira pelo ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius. Ele disse que testes realizados em laboratórios de Paris confirmaram o uso do agente, e acrescentou que quem recorreu a armas químicas deve ser punido. No entanto, o chanceler não especificou onde ou quando a substância foi usada.

De acordo com uma fonte diplomática, as amostras vieram de Jobar, subúrbio de Damasco, onde dois enviados especiais do jornal Le Monde testemunharam em meados de abril o uso de gases tóxicos e levaram amostras para as autoridades francesas, e de Saraqeb, no noroeste do país, onde um ataque foi relatado no final de abril.

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Fabius informou que havia enviado os resultados das análises na manhã desta terça ao professor Ake Sellström, chefe da missão de investigação criada pelas Nações Unidas e responsável por apontar os fatos sobre a suspeita de uso de armas químicas na Síria, país que enfrenta uma guerra civil. As análises foram feitas por um laboratório francês designado pela Organização para a Proibição de Armas Químicas com o objetivo de identificar toxinas de guerra. “Decidimos comunicar imediatamente a missão da ONU competente e tornar públicas as provas. É inaceitável que os autores desses crimes permaneçam impunes”, disse o ministro, em comunicado.

ONU e EUA – Também nesta terça, a Comissão de Investigação da ONU sobre a Síria divulgou um relatório no qual ista o uso de agentes químicos pelo menos em quatro ocasiões, entre março e abril. As investigações, no entanto, “não conseguiram identificar a natureza destas substâncias, as armas utilizadas ou quem as utilizou”. O uso dos agentes foi registrado em em Uteibah, perto de Damasco, em 19 de março; em Khan al-Assal, perto de Alepo, no mesmo dia, e também no bairro de Sheikh Maqsood, em Alepo, no dia 13 de abril e na cidade de Saraqeb, em 29 de abril.

A Casa Branca disse que mais provas sobre o uso de armas químicas na Síria ainda são necessárias. “Devemos aumentar o número de provas em nosso poder (…) antes de tomarmos uma decisão”, disse a jornalistas o porta-voz do presidente Barack Obama, Jay Carney.

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Tanto o governo sírio como os rebeldes que lutam contra o ditador Bashar Assada já trocaram acusações sobre o uso de armas químicas.

Mísseis – O presidente Vladimir Putin afirmou que a Rússia ainda não entregou os mísseis de defesa antiaérea S-300 prometidos a Bashar Assad. Segundo Putin, o contrato de fornecimento de armas “foi assinado há vários anos”, mas “ainda não foi cumprido”. Na última semana, o ditator sírio afirmou em entrevista que seu país havia recebido um primeiro carregamento de mísseis provenientes da Rússia, que, dias antes, havia afirmado que entregaria as armas de defesa com o objetivo de impedir qualquer intervenção externa no conflito. Moscou vem sofrendo pressão dos Estados Unidos e Israel para não enviar armamentos ao governo sírio. Na última semana, os países da União Europeia encerraram o embargo sobre o envio de armas aos rebeldes.

Enquanto as potências discutem o envio de armas, a matança continua no território sírio. A ONG Human Rights Watch informou nesta terça-feira a descoberta de 147 corpos jogados em um rio de Alepo, entre janeiro e março deste ano. O rio Queiq cruza a linha que divide os bairros do noroeste, controlado pelo regime, e do sudeste, nas mãos dos rebeldes. A organização afirma que muitos dos mortos foram executados a tiros e estavam amarrados e amordaçados. As vítimas têm idade entre 11 e 64 anos.

(Com agências EFE e France-Presse)

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