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Ex-diretor da CIA é condenado por vazar segredos à namorada

David H. Petraeus foi sentenciado a dois anos de liberdade condicional e deverá pagar uma multa de 100.000 dólares

Por Da Redação
23 abr 2015, 22h00

O ex-diretor da CIA, David H. Petraeus, foi condenado nesta quinta-feira a dois anos de liberdade condicional e a pagar uma multa de 100.000 dólares por vazar informações secretas para uma namorada. Além de ter chefiado o serviço secreto dos Estados Unidos, Petraeus foi o general de mais alta patente a atuar nas guerras do Iraque e Afeganistão. O veredicto, de acordo com o jornal The New York Times, desapontou o FBI. A polícia federal americana alegou que o secretário de Justiça do país, Eric Holder, deu tratamento preferencial a Petraeus ao sugerir liberdade condicional em vez de uma condenação à prisão.

O FBI argumentou que, além de colocar em risco a segurança nacional do país, Petraeus deveria ser punido mais rigorosamente por ter mentido sobre o assunto durante depoimentos à polícia federal. Cometer ato de perjúrio nos Estados Unidos é um crime passível de até cinco anos de prisão. O Departamento de Justiça, inclusive, tem apelado para a condenação em casos envolvendo terroristas, políticos corruptos e traficantes de pequeno porte. O tratamento destinado a Petraeus também poderá provocar críticas ao comportamento do Departamento de Justiça num período em que a administração de Barack Obama tem fechado o cerco contra os vazamentos para impedir o surgimento de novos casos iguais ao de Edward Snowden.

O New York Times pontua que Petraeus aceitou o acordo do Departamento de Justiça para evitar um julgamento “embaraçoso”. A defesa reiterou por diversas vezes que não aceitaria nenhum pacto proposto pela promotoria que contemplasse uma pena de prisão. Caso o ex-diretor da CIA decidisse ir às cortes, os Estados Unidos enfrentariam um julgamento contra um herói de guerra condecorado e que não trouxe danos à segurança americana ao vazar os documentos, conforme admitiu o próprio Obama. Um julgamento também forçaria Washington a revelar ao público novos detalhes sobre os arquivos secretos.

Ao final da audiência desta quinta, realizada em Charlotte, na Carolina do Norte, Petraeus se dirigiu ao magistrado David C. Keesler e pediu desculpas por suas ações. “Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para me desculpar com todos aqueles que são próximos a mim e aos outros, incluindo esta corte, pela dor que minhas ações possam ter causado”.

(Da redação)

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