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Eleição mais apertada da Grã-Bretanha em décadas chega à reta final

O Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron, e o Trabalhista, liderado por Ed Miliband, estão empatados nas pesquisas e o resultado das urnas é imprevisível

Por Da Redação
6 Maio 2015, 12h07

A campanha eleitoral mais imprevisível da Grã-Bretanha em décadas entrou no seu último dia com os dois principais partidos igualados na maioria das pesquisas e nenhum deles com perspectivas de obter maioria no Parlamento da quinta maior economia do mundo. Apesar de cinco semanas de campanha, nem o Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron, nem o oposicionista Partido Trabalhista, de Ed Miliband, têm uma clara vantagem.

Na Grã-Bretanha o voto não é obrigatório, mas todos os cidadãos maiores de 18 anos podem votar desde que tenham efetuado um registro manifestando a vontade de participar das eleições. Mais 45 milhões se inscreveram para votar nesta quinta-feira entre as 7h00 (3h00 de Brasília) e as 22h00 (18h00 de Brasília). Neste pleito, estão em jogo a composição da Câmara dos Comuns – o líder do partido com maioria é primeiro-ministro – e as prefeituras de grande parte da Inglaterra, mas não a de Londres, nem as da Escócia, País de Gales ou Irlanda do Norte.

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Além dos cargos políticos, questões cruciais estão em relevância: o futuro da Grã-Bretanha na União Europeia (UE), bem como para a sua coesão nacional, poderão depender do resultado. Cameron prometeu realizar um referendo sobre a possibilidade de o país permanecer ou sair da UE, se continuar no poder. E as pesquisas sugerem que os nacionalistas escoceses poderiam emergir como o terceiro maior partido da nação, apesar de terem sido derrotados em um plebiscito do ano passado sobre se a Escócia deveria romper com o Reino Unido e se tornar independente. “As consequências, se tomarmos o rumo errado poderiam, na pior das hipóteses, significar que em uma questão de anos duas uniões que são fundamentais para a prosperidade e o modo de vida de todas as pessoas na Grã-Bretanha estarão perdidas”, disse o vice-primeiro-ministro Nick Clegg, e líder do Partido Liberal Democrata.

Governo de coalizão – Independente de quem será o próximo primeiro-ministro, a Grã-Bretanha terá de ser governada por uma coalizão. Uma pesquisa de opinião da TNS nesta quarta-feira mostrou o quanto a disputa está acirrada. Na sondagem, os conservadores estão 1 ponto à frente dos trabalhistas, o que indica que nenhum dos dois grandes partidos do país conseguirá maioria absoluta no Parlamento, de 326 cadeiras entre os 650 assentos. Há cinco anos, a Grã-Bretanha vive o seu primeiro governo de coalizão desde a II Guerra Mundial, já que o partido de Cameron não conseguiu maioria absoluta nas eleições anteriores e fechou um acordo com o partido centrista de Clegg para governar em conjunto e estabilizar a economia.

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Muitos britânicos consideraram que se tratava de uma exceção na política do país, mas a ascensão de partidos marginais, como o pró-independência Partido Nacional Escocês (SNP) e o Partido da Independência (Ukip), contrário à permanência na União Europeia, drenaram o apoio às duas principais legendas. Os democrata-liberais liderados por Nick Clegg e os nacionalistas escoceses do SNP, liderados por Nicola Sturgeon, aparecem como os dois partidos que poderiam assegurar a governabilidade a trabalhistas ou conservadores.

A campanha chega ao fim da maneira como começou, com os líderes políticos a uma distância prudente dos eleitores e da imprensa. Os candidatos usaram mais do que nunca as redes sociais e calcularam de maneira milimétrica suas aparições, quase sempre em números reduzidos, em escolas, fazendas, mercados ou fábricas, sem vestígio dos comícios para multidões do passado. “A campanha foi marcada pela falta de confiança que sentem os nossos líderes políticos, que têm relação com a desconfiança total em relação a eles por parte da maioria dos eleitores”, resume o principal analista político da BBC, Nick Robinson.

(Da redação)

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