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EgyptAir recua e diz que destroços de avião não foram localizados

O vice-presidente da companhia aérea afirmou à emissora CNN que os objetos encontrados no mar não pertencem ao voo MS804, que desapareceu na noite de quarta-feira

Por Da Redação
19 Maio 2016, 18h49

A companhia aérea EgyptAir voltou atrás nas informações que divulgou à imprensa e afirmou à rede americana CNN que os destroços encontrados próximos à ilha de Karpathos não são da aeronave que desapareceu na noite desta quarta-feira com 66 pessoas a bordo. Antes, a companhia havia confirmado em sua página no Twitter a descoberta de objetos flutuantes que eram provavelmente “destroços, coletes salva-vidas e materiais plásticos” do voo MS804.

“Nos corrigimos”, afirmou o vice-presidente da EgyptAir Ahmed Adel à CNN. Os destroços “não são da nossa aeronave”. A mudança de posição coloca a companhia aérea em concordância com as autoridades gregas, que já haviam contestado a informação de que os materiais pertenciam ao avião desaparecido.

Athanassios Binis, chefe do Conselho de Investigação de Acidentes Aéreos e Segurança da Aviação grego disse à agência France-Presse que “o que foi encontrado é um pedaço de madeira e tecido, que não pertencem a um avião”. Ele havia comentado a informação anteriormente na emissora estatal da Grécia ERT1. Aeronaves francesas e gregas continuam realizando a busca por destroços, com o apoio de um avião da marinha americana e diversos navios egípcios.

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Mapa do acidente com o voo MS804, da EgyptAir, que desapareceu durante voo Paris-Cairo
Mapa do acidente com o voo MS804, da EgyptAir, que desapareceu durante voo Paris-Cairo (VEJA)

Desaparecimento – O voo MS804 da companhia nacional EgyptAir, que fazia o trajeto Paris-Cairo, desapareceu dos radares às 2h39 desta quinta-feira no horário de Paris (21h39 de quarta-feira no horário de Brasília), quando deixava o espaço aéreo grego e entrava no espaço aéreo egípcio. O ministro grego da Defesa grego, Panos Kammenos, informou que a aeronave “fez um giro de 90 graus à esquerda, seguindo de um de 360 ​​graus para a direita, caindo de 37.000 a 15.000 pés”, antes de desaparecer dos radares.

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Em função da tragédia, uma reunião ministerial de crise foi convocada pelo presidente francês, François Hollande, para discutir a hipótese de atentado. Tanto a França quanto o Egito são alvos do grupo jihadista Estado Islâmico e os dois países são parceiros políticos e militares na luta contra o extremismo muçulmano.

O chefe do Departamento de Investigação de Ataques Aéreos do Egito, Ayman al-Moqadem, afirmou que o país está formando um comitê oficial para investigar o desaparecimento. Também participarão autoridades da França, que é o país fabricante do Airbus 320 e a segunda nação com maior número de vítimas a bordo. O comitê deve começar as buscas pelas caixas-pretas e outras evidências assim que tiverem acesso a destroços do avião. A Grã-Bretanha e a Grécia também se ofereceram para auxiliar na investigação, disse Moqadem. Porém, ele não confirmou se as ofertas foram aceitas.

A fabricante Airbus e as autoridades aeronáuticas da Grécia também confirmaram o desaparecimento do voo MS-804, mas não entraram em detalhes sobre as possíveis causas da queda. Segundo a empresa, a aeronave, registrado sob o número de série MSN 2088, foi entregue à EgyptAir em novembro de 2003 e era comandado por uma tripulação que tinha 48 mil horas de voo.

Casa Branca – Nesta tarde, o assessor de imprensa da Casa Branca Josh Earnest declarou que os Estados Unidos estão oferecendo ajuda aos seus aliados e que não descartam a possibilidade de terrorismo, porém, acreditam que ainda é cedo para dizer o que causou a queda. “Nós vemos um desejo por parte de extremistas pelo mundo, incluindo alguns no Oriente Médio, de realizar ataques tendo como alvo o sistema de aviação internacional. Estamos obviamente cientes dessa hipótese”, afirmou Earnest. Porém, segundo a agência Reuters, as revisões das imagens de satélite feitas pela inteligência dos EUA até agora não mostraram evidências de uma explosão antes do desaparecimento do avião.

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(Da redação)

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