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Companhias de baixo custo também seguem normas rígidas de segurança

As empresas aéreas “low cost” cortam gastos e oferecem menos conforto aos clientes, mas é de opinião geral que em termos de segurança não deixam nada a desejar

Por Da Redação
5 abr 2015, 09h27

Após o acidente com o avião da companhia Germanwings, afiliada de baixo custo da Lufthansa, surgiram muitas dúvidas sobre a segurança oferecida por essas linhas, que vendem passagens por valores muito mais em conta do que as tradicionais empresas aéreas. Violeta Bulc, comissária de transportes da União Eurpeia, declarou que “não existe relação entre o acidente e o fato de se tratar de uma companhia “low cost”. De acordo com o jornal espanhol El Mundo, esses grupos poupam gastos por meio de cortes salariais, aeroportuários e de combustível, mas não com manutenção.

As chamadas “low cost” devem atender as mesmas normas de segurança que as outras companhias aéreas, e caso descumpram as determinações não recebem a autorização para voar. As licenças são concedidas pelas autoridades de aviação civil do país a que pertencem as linhas. A Germanwings, portanto, seguia as mesmas exigências que a sua matriz, Lufthansa. Quanto se trata dos pilotos, os passageiros podem ficar tranquilos, pois a formação exigida nas companhias mais baratas segue o padrão de todas as outras.

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As grandes tragédias aéreas registradas até hoje aconteceram em aeronaves operadas pelas companhias tradicionais, apontou o jornal El País. Nenhuma linha pertencente à ELFAA, uma associação criada em 2013 para as companhias europeias que oferecem tarifas reduzidas e da qual a Germanwings não faz parte, foi protagonista de acidentes com vítimas mortais. As “low cost” também estão bem cotadas em rankings de segurança. Uma dessas listas, elaborada pelo Jet Airliner Crash Data Evaluation Centre, elegeu várias do grupo como as mais seguras do mundo no ano de 2014.

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Deve-se levar em conta, porém, que serviços com baixo custo são um negócio recente, com apenas 15 anos. Outro dado interessante e que desperta controvérsias é que a aeronave da Germanwings que sofreu o acidente nessa terça-feira tinha 24 anos de uso, ou seja, estava no final de sua vida útil. Acredita-se que as linhas tradicionais descartem seus aviões com menos tempo de utilização.

A diferença nos preços é explicada pelos cortes realizados principalmente no modo de operar das companhias. As “low cost” concluem decolagens e pousos em períodos menores e carregam menores quantidades de combustível, diminuindo o consumo. A companhia irlandesa Ryanair sofreu com a abertura de uma investigação pelo Ministério do Desenvolvimento em 2102, após uma série de acidentes causados pelos cortes excessivos de combustível. A empresa teve de mudar sua política nesse setor.

As companhias de baixo custo oferecem viagens em horários não tão confortáveis ou que saem de aeroportos mais distantes. Para despachar as bagagens é necessário pagar uma taxa extra e não são servidas refeições a bordo. No entanto, essas linhas aéreas tem se tornado cada vez mais populares na Europa, por oferecerem aos clientes uma ótima oportunidade de viajar com segurança, sem gastar muito.

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(Da redação)

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