Daniel Scioli será o candidato governista à Presidência da Argentina
O atual governador da província de Buenos Aires conta com o apoio de Cristina Kirchner e será o candidato único nas primárias do partido governista Frente para a Vitória
O atual governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, se tornou nesta quinta-feira o único pré-candidato nas primárias do partido governista da Argentina que, em agosto, escolherá quem disputará a Presidência do país, depois que seu rival, o ministro Florencio Randazzo, se retirou da disputa, reporta o jornal Clarín nesta sexta. Com isso, Scioli, que lidera as pesquisas e conta com o apoio da presidente Cristina Kirchner, será o candidato governista à Presidência. A decisão de Randazzo foi comunicada pelo chefe de gabinete, Aníbal Fernández, depois que Scioli escolheu na terça-feira Carlos Zannini, homem de extrema confiança de Cristina, para fazer parte de sua chapa.
A escolha de Zannini significou definitivamente o apoio de Cristina à candidatura de Scioli, o que fez Randazzo abandonar sua pré-candidatura. Com a definição do vice na chapa governista, as aspirações de Máximo Kirchner, filho de Cristina, caem por terra. Recentemente, o próprio chefe de Gabinete da presidente chegou a afirmar que Max – como ele é conhecido na Argentina – seria um bom nome para ser vice-presidente. Fernández acrescentou que Randazzo, atual ministro do Interior e Transporte, rejeitou a oferta para ser candidato ao governo da província de Buenos Aires e disse que continuará no cargo.
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Scioli lidera a maioria das pesquisas de intenção de voto para presidente, seguido de perto pelo o opositor e atual prefeito da cidade de Buenos Aires, Mauricio Macri. Sergio Massa, ex-chefe de gabinete de Cristina e agora membro da oposição, também deseja concorrer à Casa Rosada e aparece em terceiro nas sondagens.
Neste sábado, terminará a inscrição dos candidatos para as primárias gerais e obrigatórias de 9 de agosto. “A presidente não fechou a porta para quem quiser se apresentar”, disse, após uma longa reunião com a chefe de Estado, embora ninguém espere que apareça outro candidato para disputar a indicação do partido governista.
(Da redação)