Chile: estudantes entram em confronto com polícia
Jovens fazem passeata em Santiago para cobrar reforma educacional
Milhares de estudantes chilenos entraram em confronto com a polícia durante a primeira marcha autorizada do ano no centro de Santiago, nesta quinta-feira. Os jovens do ensino médio e universitários voltaram a exigir uma profunda reforma educacional em um país com um dos sistemas de ensino mais desiguais do mundo. A passeata, autorizada pelo governo, partiu antes do meio dia da frente da Universidade de Santiago, na capital chilena.
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Os primeiros choques com a polícia ocorreram quando os jovens tentaram seguir por ruas pelas quais eles não estavam autorizados a passar. Quando chegaram à Alameda Central, principal avenida da cidade, manifestantes encapuzados entraram em confronto com os policiais, atacando-os com pedras e paus. A polícia revidou utilizando jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo.
O ministro do Interior e Segurança, Andrés Chadwick, registrou seu apoio à polícia, que se mobilizou ao longo do protesto. “Não foram respeitadas as autorizações concedidas e um grupo de estudantes acredita que tem o direito de provocar desordem”, afirmou o ministro.
As organizações estudantis Assembleia Coordenadora de Estudantes do Ensino Médio e o Movimento de Estudantes de Educação Superior privada estimam que cerca de 20.000 pessoas estiveram presentes na marcha.
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Histórico – Os estudantes chilenos deram início às suas reivindicações pela educação pública gratuita e de qualidade em maio de 2011. Os jovens pedem que seja feita uma profunda reforma no sistema educacional chileno, considerado um dos mais segredados e desiguais do mundo, como herança do ditador Augusto Pinochet (1973-1990). No ano passado, os protestos continuaram
A Confederação de Estudantes do Chile (Confech), principal organização estudantil, convocou uma grande manifestação ao longo de todo o país para o próximo dia 11 de abril.
(Com agência AFP e EFE)