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Cameron consegue vitória confortável nas eleições britânicas

Contrariando as pesquisas, o Partido Conservador assegurou a maioria das cadeiras no Parlamento britânico, garantindo mais um mandato para o atual primeiro-ministro

Por Da Redação
8 Maio 2015, 08h25

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, obteve uma inesperada vitória confortável nas eleições nacionais, superando previsões de que a votação seria a mais acirrada em décadas, para renovar seu mandato por mais cinco anos e derrotando a oposição trabalhista com sobras. A libra, os títulos e as ações da Grã-Bretanha subiram devido ao resultado que reverteu as expectativas apontadas pelas pesquisas de um Parlamento indefinido, em que Cameron teria que disputar o poder com o rival trabalhista Ed Miliband. Em vez disso, Cameron agora vai se encontrar com a rainha Elizabeth nesta manhã para aceitar um novo mandato no governo.

“Esta é a vitória mais doce de todas”, disse a apoiadores na sede do partido. “A verdadeira razão para celebrar nesta noite, a verdadeira razão para se orgulhar, a verdadeira razão para se animar é que vamos ter a oportunidade de servir novamente ao nosso país”, completou. A vitória de Cameron também significa que a Grã-Bretanha terá um referendo prometido pelo premiê sobre a participação na União Europeia. Cameron disse que quer continuar no bloco, mas somente se puder renegociar a relação britânica com a UE.

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Segundo Norman Smith, analista político da rede britânica BBC, a vitória de Cameron representa uma “conquista colossal” para os conservadores. Apenas uma vez antes na história recente da Grã-Bretanha um governo em exercício aumentou a sua maioria no Parlamento – com Margareth Thatcher em seu auge, na década de 1980. O resultado também é considerado como uma vitória pessoal significativa para Cameron, que enfrentava rejeição dentro de seu próprio partido, que tinha uma ala que desconfiava de sua capacidade para liderar e vencer o pleito. “Em vez de uma potencial oportunidade de livrar-se de David Cameron, como queriam seus próprios colegas, a eleição deu a ao primeiro-ministro a oportunidade de governar com uma maioria extremamente confortável”, escreve Smith.

Cameron retornou, sorrindo ao lado da esposa, Samantha, ao gabinete em Downing Street nesta sexta-feira. Ele deve declarar a vitória em frente à porta preta do número 10 da Downing Street após o encontro com a rainha. Faltando conhecer os vencedores de apenas dez dos 650 assentos do Parlamento, os conservadores conquistaram 325 vagas, de acordo com os resultados anunciados nesta sexta. O partido Trabalhista estava bem atrás, com 228. Na prática, o número é suficiente para uma maioria efetiva dos conservadores, uma vez que quatro parlamentares do Sinn Fein, da Irlanda do Norte, vão recusar seus assentos em Westminster e com mais vagas ainda por vir para os conservadores.

Pesquisas realizadas nos dias anteriores ao pleito indicavam uma disputa equilibrada entre os conservadores e os trabalhistas, liderados por Ed Miliband. Apenas nos levantamentos de boca de urna o partido de Cameron apareceu em vantagem. Mesmo assim, as novas projeções apontam para uma vitória ainda mais larga dos conservadores.

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Partido Trabalhista – Principal rival de Cameron, Ed Miliband declarou nesta sexta que o Partido Trabalhista teve uma noite “difícil e decepcionante”. O partido de Miliband sofreu uma derrota particularmente dura na Escócia, onde manteve apenas uma de suas 41 cadeiras. O grande responsável pelo revés foi o Partido Nacionalista Escocês (SNP), que saltou de seis para 56 cadeiras das 59 em disputa na região. Segundo a BBC, Miliband vai renunciar ao posto de líder do Partido Trabalhista britânico.

(Da redação)

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