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Assassinatos de jornalistas diminuem em 2014, aponta ONG

Segundo a Repórteres Sem Fronteira, a Síria é o local mais perigoso para os jornalistas. Territórios palestinos, Ucrânia, Iraque e Líbia também preocupam

Por Da Redação
16 dez 2014, 09h49

O ano de 2014 termina com 66 jornalistas assassinados, 7% a menos que no ano anterior, mas com um aumento de 37% nos sequestros de profissionais dos meios de comunicação, segundo o relatório anual publicado nesta terça-feira pela organização Repórteres Sem Fronteira (RSF). “Os assassinatos são cometidos com maior barbárie e os sequestros aumentam consideravelmente com o objetivo, por parte dos que os perpetram, de impedir que exista uma informação independente e de dissuadir os olhares exteriores”, assinalou a RSF no relatório, que elabora anualmente desde 1995.

O estudo sobre a situação da violência contra a imprensa envolve 66 jornalistas assassinados, aos quais é preciso somar outros dezenove jornalistas-cidadãos (termo usado pela organização para os civis que atuam como jornalistas independentes) e onze colaboradores de meios de comunicação. “Poucas vezes o assassinato de repórteres com fins propagandísticos foi perpetrado com tanta barbárie”, insistiu a RSF, que precisou que 60% deles perderam a vida em zonas de conflito como a Síria, que “reafirma seu lugar como o país mais mortal para os jornalistas”, mas também os territórios palestinos, Ucrânia, Iraque e Líbia. Em positivo, a RSF detectou menos assassinatos de jornalistas em países em paz como Índia e Filipinas, mas também reparou que os assassinatos de mulheres jornalistas duplicaram, até chegar a seis em 2014.

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O relatório da Repórteres Sem Fronteiras reflete também que em 2014 houve 139 jornalistas que tiveram que se exilar, o dobro do dado registrado em 2013. De novo, países como a Líbia (43), Síria (37), Etiópia (31) e Azerbaijão (6) lideram esse ranking. As detenções de jornalistas, enquanto isso, registraram em 2014 um aumento de 3%, para chegar aos 853 repórteres detidos. “Evidentemente, os interrogatórios e detenções são ataques à liberdade de expressão cuja gravidade não pode se comparar à dos assassinatos ou sequestros prolongados. No entanto, constituem obstáculos para seu trabalho e, em algumas ocasiões, intimidações violentas”, explicou RSF.

A organização RSF também constatou uma queda de 15% nas ameaças e agressões a jornalistas. Ao todo, durante o ano, foram 1.846 ataques desse tipo em países como a Venezuela, Turquia, Ucrânia e China entre os menos seguros para os profissionais dos meios de comunicação. Na Venezuela, aponta a RSF, 62% das 134 agressões cometidas contra jornalistas durante as manifestações do começo de ano foram cometidas pela guarda nacional bolivariana. Além disso, a ONG cita o departamento colombiano de Antioquia entre as cinco zonas mais perigosas do mundo para exercer o jornalismo, “um exercício de alto risco para aqueles que investigam a corrupção e o crime organizado”.

(Com agência EFE)

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