Assad evacua quartéis e desloca arsenal para evitar ataque
Ditador coordena operações para esvaziar possíveis alvos do Ocidente
Por Da Redação
29 ago 2013, 18h14
Temendo uma intervenção militar, o ditador sírio Bashar Assad ordenou a remoção de tropas e armamentos de locais que possam estar na mira do Ocidente. Segundo a agência Reuters, mísseis balísticos móveis (Scuds) e dezenas de lançadores foram deslocados das montanhas de Qalamoun, ao norte de Damasco, para uma região central do país. Testemunhas também relataram que as forças governistas parecem ter evacuado praticamente todos os quartéis da capital. Um ativista disse que caminhões foram vistos na quarta-feira levando diversos equipamentos para estradas ao sul da cidade.
Fontes ligadas à oposição síria afirmam que flagraram membros do Exército seguindo a mesma estratégia em Qutaifa, Nasiriya e Sahya. A suspeita é de que os militares podem estar transferindo os equipamentos para redutos de apoiadores do ditador. Os destinos podem ser fortalezas localizadas em Homs, ao norte de Damasco, ou até as montanhas de uma região dominada pela minoria alauita que apoia Assad.
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Diplomatas que estão no Oriente Médio dizem que a estratégia de Assad é uma precaução frente às ameaças de uma intervenção militar do Ocidente, em resposta às evidências de uso de armas químicas no massacre de civis da última semana. A ação, contudo, sofre com os limites impostos pela própria guerra civil síria. Rebeldes da oposição bloquearam diversas estradas e reduziram consideravelmente a mobilidade de tropas do ditador.
A base ao pé das montanhas de Qalamoun faz parte de um dos distritos mais militarizados da Síria. O local constava da lista de alvos sugeridos pelo grupo de oposição Coalização Nacional Síria a enviados do Ocidente a Istambul, na semana passada. Fabricados na antiga União Soviética e na Coreia do Norte, os Scuds sírios foram desenhados para dar cobertura ao deslocamento das tropas sírias.
Conselho de Segurança – Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU se reuniram por quase uma hora nesta quinta-feira. A reunião convocada pela Rússia contou com representantes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e China. Ao término do encontro, as autoridades dos países envolvidos evitaram as perguntas de jornalistas e não comunicaram nenhum progresso substancial nas conversas.
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