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Apesar das tensões, Espanha não quer romper relações com a Venezuela

Para o chanceler espanhol, a saída para a crise venezuelana passa pela democracia. O ministro também disse que seu país quer ser a porta de entrada do Brasil na UE

Por Da Redação
23 abr 2015, 08h52

O ministro espanhol de Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, afirmou nesta quinta-feira que o propósito da Espanha “não é em absoluto” romper relações diplomáticas com a Venezuela e acrescentou que deseja “estabilidade democrática e prosperidade econômica” para o país sul-americano. García-Margallo pronunciou estas palavras durante seu discurso no Fórum de Líderes, ao lado do vice-presidente do Brasil, Michel Temer.

Nesta quarta, o governo chamou para consultas seu embaixador em Caracas, Antonio Pérez Hernández. O Executivo espanhol tomou esta medida em sinal de protesto pela “escalada de insultos, calúnias e ameaças” do presidente Nicolás Maduro contra a Espanha e suas instituições e “por respeito à dignidade nacional”. O ministro espanhol assegurou que o governo manifestou “extrema prudência” neste assunto “até que chegou a um limite no qual foi preciso reagir”.

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A tensão política entre ambos os países aumentou na última semana, depois que Maduro acusou o governo espanhol de “apoiar o terrorismo” em seu país e o chefe do Governo, Mariano Rajoy, de fazer parte de “um grupo de bandidos, de corruptos e de ladrões”. Previamente, a Assembleia Nacional venezuelana declarou, com os votos da maioria chavista, “persona non grata para o povo venezuelano” o ex-premiê espanhol Felipe González, que se ofereceu para a defesa legal dos opositores venezuelanos presos Leopoldo López e Antonio Ledezma.

López, líder do Partido Vontade Popular, está preso há mais de um ano por promover protestos populares, enquanto o prefeito de Caracas Antonio Ledezma foi detido em fevereiro acusado de participar de uma tentativa de golpe de Estado contra Maduro.

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García-Margallo insistiu que a saída para a situação na Venezuela deve ocorrer “dentro das instituições e não fora”, que as eleições devem ser realizadas “como estava previsto” antes de final de ano e que o protagonismo na mediação corresponde à União de Nações Sul-americanas (Unasul), da qual a Venezuela faz parte.

Relações com o Brasil – Sobre as relações da Espanha com o Brasil, o ministro afirmou que seu país quer ser “a porta do Brasil na União Europeia”. García-Margallo se referiu à importância do apoio que a Espanha dá às empresas que desenvolvem sua atividade no exterior e concretizou que o Brasil é um “mercado extraordinariamente importante” para seu país. “O Brasil ocupou um lugar de preferência em nossas relações”, disse, antes de explicar que é o segundo maior exportador e importador da América Latina, depois do México, e que a Espanha ocupa a segunda posição em investimentos no país, atrás dos Estados Unidos.

(Da redação)

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