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Abdullah se declara vencedor das eleições afegãs

Após os resultados preliminares indicarem vitória do candidato Ashraf Ghani, Abdullah acusou o presidente Hamid Karzai e a Comissão Eleitoral de fraude

Por Da Redação
8 jul 2014, 08h09

O candidato presidencial Abdullah Abdullah anunciou ser o vencedor das eleições no Afeganistão nesta terça-feira, rejeitando a vitória de seu oponente Ashraf Ghani, e acusou o presidente Hamid Karzai e à Comissão Eleitoral do país de fraude. “Somos os vencedores das eleições e devemos formar um governo legítimo”, afirmou Abdullah em reunião na Loya Jirga – o Parlamento afegão -, em Cabul, um dia depois dos resultados preliminares terem apontado a vitória de Ghani.

Nesta segunda, Comissão Eleitoral anunciou os resultados preliminares das eleições. Ghani teve 56,44% dos votos, enquanto Abdullah teria alcançado 43,56%. No entanto, os resultados finais serão anunciados somente no próximo dia 22 de julho. De acordo com a Comissão, a cerimônia de posse do novo presidente está prevista para ocorrer no dia 2 de agosto. “Pedi que os votos fraudulentos fossem invalidados antes do anúncio e meu pedido foi vergonhosamente rejeitado”, disse Abdullah, que apontou Karzai, Ghani e a Comissão como os responsáveis pela fraude.

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Abdullah disse que nos próximos dias anunciará seu governo a pedido “de seus eleitores” e afirmou também que poderia levar seus apoiadores às ruas para protestar contra o que chamou de “fraude em escala industrial”. O candidato afirmou também que manteve contato com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e com o secretário de Estado americano, John Kerry, que, segundo ele, viajará para Cabul na próxima sexta-feira.

Kerry advertiu nesta segunda que Washington cancelaria a ajuda financeira ao Afeganistão caso houvesse irregularidades nas eleições presidenciais. “Qualquer ação para assumir o poder por métodos não legais custará ao Afeganistão o apoio financeiro e de segurança dos EUA e da comunidade internacional”, afirmou o secretário de Estado americano em comunicado.

As eleições presidenciais afegãs escolhem o substituto de Karzai, que ficou treze anos no comando do país. A Constituição afegã proíbe um terceiro mandato. O processo eleitoral se desenvolve em um dos momentos mais sangrentos desde a invasão dos Estados Unidos, que propiciou a queda do regime talibã em 2001. A força da Otan concluirá sua missão no Afeganistão no final deste ano, mas os EUA anunciaram a permanência de 9.800 soldados no país até final de 2016, quando será iniciado o processo de retirada definitiva das tropas.

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Atentado – Quatro soldados estrangeiros da Otan e outras doze pessoas morreram nesta terça em um atentado suicida no leste do Afeganistão, informaram autoridades locais e a força internacional. “Esta manhã um homem-bomba atacou um grupo de soldados estrangeiros em Bagram, no distrito de Parwan. O ataque matou quatro soldados, dois policiais e dez civis”, disse Waheed Sediqi, porta-voz do distrito de Parwan.

A Força Internacional liderada pela Otan anunciou em um comunicado a morte dos quatro soldados, mas, como de praxe, não divulgou os nomes e as nacionalidades. Os talibãs reivindicaram o ataque no Twitter. “Um corajoso combatente detonou um cinturão e quinze membros das forças especiais morreram ou ficaram feridos”, completa diz a mensagem dos talibãs, que têm o hábito de exagerar o número de vítimas de seus ataques.

(Com agências EFE e France-Presse)

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