Série de atentados deixa mais de 60 mortos no Iraque
Onze carros-bomba explodiram em seis províncias do país, provocando a morte de ao menos 62 pessoas. Além disso, mais de 200 ficaram feridas
Uma onda de explosões de carros-bomba atingiu nesta quarta-feira seis das 18 províncias do Iraque e deixou pelo menos 62 mortos e mais de 200 feridos, de acordo com a polícia iraquiana. A maioria dos ataques ocorreu nas cidades de Hilla e Bagdá. Por enquanto, nenhum deles teve a autoria reivindicada.
Segundo as fontes, 11 veículos carregados com explosivos foram detonados em diferentes pontos do país. O alvo preferencial dos atentados foram grupos de peregrinos xiitas reunidos para um festival religioso que mraca o aniversário da morte do imã Moussa al Kadhim.
O ataque mais mortífero ocorreu na cidade de Hilla, 100 quilômetros ao sul de Bagdá, onde pelo menos 20 pessoas morreram e 40 ficaram feridas. Na capital, houve ataques no bairro de Al Kazamiya, no norte, onde pelo menos sete pessoas morreram e 22 ficaram feridas, e na Praça de Oqba Ibn Nafea, no centro, que deixou seis mortos e 12 feridos.
Além disso, pelo menos nove pessoas morreram e outras 21 ficaram feridas pela explosão de outro carro-bomba perto de um centro comercial em uma estrada ao sul de Bagdá. Também foram registradas explosões similares na cidade de Al Madaem, 30 quilômetros ao sul da capital, e no cruzamento de estradas de Al Nahrawan, ao sudeste de Bagdá, que deixaram cinco mortos e 22 feridos.
Em Al Balad, 80 quilômetros ao norte de Bagdá, a explosão de dois carros-bomba matou quatro pessoas e feriu outras 20 e, em Tikrit, 190 quilômetros ao norte da capital, um policial e dois civis ficaram feridos por duas explosões similares. Além disso, as forças de segurança desativaram duas bombas colocadas em veículos, em operações que não causaram vítimas.
Temor – A série de atentados desta quarta contribui para aumentar ainda mais as tensões entre xiitas e sunitas, agravada depois que o primeiro-ministro Nuri al Maliki, xiita, removeu políticos sunitas do poder após a retirada de tropas dos EUA.
Desde o início da crise, dirigentes dos dois blocos manifestam preocupação com a possibilidade de um ressurgimento da onda de violência sectária que provocou milhares de mortes entre 2006 e 2007.
(Com agência EFE)