Rússia não está preocupada com Assad, diz Putin
Declaração contradiz postura de país, que barrou resoluções contra Síria
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que o objetivo de seu país é terminar a guerra civil na Síria, e não ajudar o ditador Bashar Assad a se sustentar no poder a qualquer custo. A Rússia não está preocupada com o destino de Assad, disse Putin.
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Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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“Nós defendemos a solução que previna o colapso da região e a guerra civil, não manter Assad e seu regime”, disse Putin em uma coletiva de imprensa televisionada em Moscou. Para isso, explica o presidente russo, é preciso diálogo. “Primeiro, as pessoas precisam negociar, não destruir tudo para depois conversar”, afirmou.
A Rússia, um dos únicos aliados do regime de Assad, não tem relações econômicas especiais com a Síria, segundo Putin. “A Rússia não está preocupada com Assad”, disse ele. “Nós entendemos o que está acontecendo lá, nós sabemos que a sua família está no poder há 40 anos”, completou.
Os Estados Unidos acusam Rússia e China de bloquear esforços para derrubar Assad depois que os dois países barraram resoluções contra o governo sírio no Conselho de Segurança da ONU.