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Plano de Obama é criticado pelos governistas e opositores

Para os democratas, a retirada será lenta; para os republicanos, muito rápida

Por Da Redação
23 jun 2011, 11h39

“A decisão de tirar soldados do front não deve ser baseada em política ou em economia”, disse Mitt Romney, pré-candidato republicano

O plano de retirada de tropas do Afeganistão anunciado na quinta-feira pelo presidente americano Barack Obama conseguiu realizar uma proeza: unir democratas e republicanos no Congresso dos Estados Unidos na reprovação à medida. Tanto os democratas como os republicanos desaprovaram o cronograma divulgado por Obama, que prevê levar de volta para casa 33.000 soldados até meados de 2012. O motivo das críticas, porém, é bem diferente nos dois lados: para os democratas, a retirada é lenta demais; para os republicanos mais rápida do que deveria.

“Muita gente no Congresso esperava que a retirada acontecesse antes do que o presidente disse. Continuaremos pressionando por um desfecho melhor para essa guerra”, disse Nancy Pelosi, deputada que comanda os democratas na Câmara. Obama já tinha recebido uma carta dos senadores de seu próprio partido cobrando uma retirada maior e mais rápida. Os republicanos, é claro, fizeram críticas ainda mais contundentes, só que usando o argumento de que ainda não é seguro retirar tantos soldados do Afeganistão, pois isso poderia trazer mais riscos no futuro.

O presidente da Câmara, John Boehner, afirmou que o plano de Obama pode sacrificar os avanços que os americanos conquistaram no Afeganistão. Já o senador John McCain, que foi derrotado pelo próprio Obama na eleição presidencial de 2008, afirmou que a saída das tropas é “brusca” demais. “Essa não é a retirada modesta que eu e muitos outros defendíamos”, disse o republicano num comunicado divulgado logo depois do discurso do presidente. Entre os pré-candidatos republicanos à presidência, evidentemente, a recepção foi péssima: todos atacaram o plano.

Conforme o cronograma da retirada, os 33.000 soldados terão retornado aos EUA a poucos meses da disputa da eleição. Como existe grande rejeição popular à guerra, a decisão de tirar soldados do Afeganistão deve render votos a Obama. O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, um dos postulantes a encarar Obama na campanha, disse que o presidente propõe uma agenda “arbitrária” de retirada. Ele também acusou: “A decisão de tirar soldados do front não deve ser baseada em política ou em economia”. A Casa Branca não comentou as críticas dos rivais.

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