Parceria entre EUA e Índia definirá o século, diz Obama
Presidente acredita que, juntos, países podem promover estabilidade na região
A relação entre Estados Unidos e Índia será “uma das parcerias que definirão o século XXI”, afirmou o presidente americano, Barack Obama, nesta segunda-feira, antes de um encontro em Nova Déli com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh. Segundo Obama, os dois países podem trabalhar juntos para promover estabilidade e prosperidade na região. Já Singh falou de esforços globais para o desarmamento, que podem ser impulsionados pelas duas nações com arsenal nuclear.
No terceiro dia de sua visita à Índia, parte de uma giro de dez dias pela Ásia, Obama destacou que a Índia não é apenas um país emergente, mas, sim, uma potência mundial. Singh disse compartilhar da visão de Obama em relação à Ásia e afirmou que ambos os países serão parceiros em projetos no Afeganistão e na África.
Obama expressou ainda seu apoio à candidatura da Índia por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. “A ordem internacional justa e sustentável que os Estados Unidos buscam incluem uma ONU eficiente, efetiva, crível e legitimada”, disse Obama, ao discursar no parlamento indiano. “Nos anos que virão, espero que o Conselho sofra uma reforma que inclua a Índia como membro permanente”, acrescentou.
A iniciativa americana poderia consolidar as relações cada vez mais próximas entre os dois países. Obama, no entanto, ponderou que a ascenção da Índia acarretaria para o país ainda mais responsabilidade.
Vizinhança – Obama chegou à Nova Déli no domingo, depois de passar por Mumbai, onde anunciou acordos comerciais de 10 bilhões de dólares entre os dois países. Na cidade, ele também pediu que Índia e Paquistão retomem o diálogo bilateral formal, alegando que a instabilidade do país vizinho é prejudicial para os indianos.
O presidente enfatizou que Nova Déli tem muito a ganhar com o êxito de seu vizinho e adversário na luta contra o extremismo. Obama admitiu, porém, a existência de uma história muito complexa entre os dois países, que já travaram três guerras desde 1947.