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Ouattara dá prazo até a meia-noite para Gbagbo partir

A Costa do Marfim mergulhou numa crise depois que o Conselho Constitucional proclamou a vitória de Gbagbo nas eleições de 28 de novembro

Por Da Redação
31 dez 2010, 15h34

Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional como presidente eleito da Costa do Marfim, deu prazo a Laurent Gbagbo até a meia-noite para deixar o poder, prometendo que “não haverá contrariedades” se ele se retirar no prazo, disse seu primeiro-ministro, Guillaume Soro.

A missão da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que visitou Abidjan na terça-feira, “pediu sem concessões a Gbagbo que ceda pacificamente o poder”, declarou Soro à imprensa, de um grande hotel de Abdijan transformado em quartel-general do governo de Ouattara.

“Esta missão pediu ao presidente Alassane que dê garantias de que se Gbagbo deixar o poder, não terá problemas”, acrescentou.

Ouattara “deu um prazo” que “expira hoje” (sexta-feira), explicou. Se Gbagbo “deixar o poder antes da meia-noite (00H00 local e 22h00 de Brasília), o presidente da República (Ouattara) cumprirá seus compromissos”, afirmou.

Crise eleitoral – A Costa do Marfim mergulhou numa crise depois que o Conselho Constitucional proclamou a vitória de Gbagbo nas eleições de 28 de novembro, que, segundo a comissão eleitoral e a ONU, foi vencida por Ouattara. No poder desde 2000, Gbagbo foi reeleito presidente com 51,45% dos votos, contra 48,55% de seu rival, segundo resultados definitivos do segundo turno

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O Conselho Constitucional, liderado por um amigo do chefe de Estado, invalidou os resultados provisórios divulgados inicialmente pela Comissão Eleitoral Independente (CEI), que dava a Ouattara uma ampla vitória, por 54,1% contra 45,9%. Isso foi feito “anulando” os votos em sete departamentos do norte, sob o controle do ex-movimento rebelde Forças Novas (FN) desde o golpe fracassado de 2002, e onde, segundo o grupo de Gbagbo, as eleições foram “fraudulentas”.

O representante das Nações Unidas na Costa do Marfim, Youn-jin Choi, ameaçado de expulsão do país, se opôs à vitória de Gbagbo. Antes do anúncio dos resultados definitivos, a chapa de Ouattara alertou para um “golpe” de Gbagbo, rejeitando de antemão os anúncios do Conselho. A ONU e as principais missões de observação internacionais consideraram que as eleições foram conduzidas de forma adequada, apesar dos incidentes às vezes violentos.

Eleito em 2000, num pleito controverso do qual foram excluídos o ex-presidente Henri Konan Bédié e Alassane Ouattara, Gbagbo permaneceu no poder em 2005 após o fim do seu mandato, ao invocar a crise decorrente da divisão do país. As eleições chegaram a ser adiadas em diversas ocasiões. Com isto, a Costa do Marfim passou a contar com dois presidentes: Gbagbo, com o apoio do Exército e o controle da televisão, e Outtara, com o suporte da comunidade internacional.

(Com AFP)

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