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No dia de São Francisco, papa visita a cidade de Assis

Pontífice homenageou o santo no qual se inspirou para escolher o nome com que comanda a Igreja. E pediu a católicos mais cuidados com os pobres

Por Da Redação
4 out 2013, 08h44

Nesta sexta-feira, dia em que os católicos celebram São Francisco de Assis, o papa Francisco faz uma visita à cidade italiana em que viveu o santo, homenageado pelo pontífice por meio do nome com o qual Francisco assumiu o comando da Igreja. Acompanhado dos oito cardeais com os quais esteve reunido nos últimos dias para tratar da reforma da Cúria, o papa visitou o santuário do século XIII que guarda o nome de São Francisco. E, em sua homilia, lembrou a vida do santo para tratar de um tema recorrente em seus discursos: a pobreza. Falou também sobre a tragédia em Lampedusa, em que pelo menos 300 imigrantes africanos a caminho da Itália morreram em um naufrágio.

O papa afirmou que gostaria que a Igreja Católica de hoje se assemelhasse a São Francisco, como uma “igreja dos pobres”. O pontífice deu início à homilia dizendo que viajou a Assis como um peregrino. E recordou que, após um encontro com Jesus, São Francisco abandonou uma vida cômoda e superficial para abraçar a pobreza. Segundo ele, muitos associam o santo à paz, mas poucos aprofundam essa ideia. “A paz franciscana não é um sentimento açucarado”, afirmou. “E também não é uma espécie de harmonia panteísta com as energias do cosmos”, prosseguiu. “A paz de São Francisco é a de Cristo e a encontra quem carrega com seu jugo. E este jugo não se pode levar com arrogância, com presunção, com soberba, mas só com mansidão e humildade de coração”, acrescentou.

Ao chegar a Assis, o papa defendeu uma igreja solidária com os deficientes e as pessoas marginalizadas. “Hoje é um dia de lágrimas”, afirmou, sobre o naufrágio em Lampedusa. “Ao mundo não importa se as pessoas devem fugir da escravidão, da fome, buscando a liberdade”, lamentou. Francisco pediu aos católicos que se inspirem no modelo de São Francisco, que abriu mão de todos os bens e viveu na pobreza. O papa argentino condenou também “o espírito mundano”, a que classificou como “lepra, câncer da sociedade, que mata a Igreja”.

O papa visita Assis pela primeira vez para rezar diante do túmulo do santo italiano. A visita de dez horas, de grande valor simbólico, permitirá a Francisco desenvolver suas ideias sobre o desejo de construir uma igreja simples. Na primeira visita do dia, ao Instituto Católico de Atendimento aos Deficientes Físicos e Mentais Serafico, ao pé do monte Subiaco, o papa saudou 80 pacientes, um a um, com palavras e gestos de carinho. Neste dia de luto na Itália após a tragédia com os imigrantes africanos, o sumo pontífice pediu aos cristãos que reconheçam as feridas de Jesus em toda pessoa que é “a carne de Cristo”.

(Com agências EFE e France-Presse)

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