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Mursi vai a julgamento e Egito se prepara para protestos

Presidente deposto é acusado de incitar violência e assassinato de opositores

Por Da Redação
4 nov 2013, 04h09

Começa nesta segunda-feira no Cairo o julgamento do presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, acusado de incitamento à violência e assassinato quando era chefe de estado. Esta será a primeira aparição pública de Mursi desde o golpe militar que o depôs em 3 de julho. Ele pode ser condenado à pena de morte.

Além de Mursi, outros 14 políticos ligados à Irmandade Muçulmana também serão julgados pelas mesmas acusações. O julgamento é considerado de alto risco, pois acontece em meio a uma atmosfera de tensão. Com o país polarizado, as autoridades militares que assumiram o governo egípcio temem uma nova onda de protestos.

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Por causa disso, a Justiça Militar decidiu mudar de última hora o local do julgamento de Morsi, um movimento aparentemente destinado a frustrar comícios planejados pela Irmandade Muçulmana. Ao invés de ocorrem em um tribunal, o julgamento foi transferido para a Academia de Polícia no Cairo.

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A segurança foi reforçada em torno do local, com centenas de policiais vestidos de preto apoiados por veículos blindados utilizados em todo o imenso complexo. Mursi provavelmente vai usar o julgamento para insistir que ele ainda é o verdadeiro presidente do Egito, questionando a legitimidade do processo e tentando transformá-lo em uma expressão do golpe militar.

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Acusações – Mursi responde pela acusação de envolvimento na repressão violenta a um protesto ocorrido em dezembro de 2012. Na ocasião, manifestantes reunidos em frente ao palácio presidencial, que protestavam contra um decreto presidencial cujo objetivo era aumentar o poder de Mursi, foram violentamente atacados. A promotoria afirma que o ataque foi ordenado pelo ex-presidente e diz que 54 pessoas foram torturadas.

Mursi também foi acusado de realizar ataques contra a polícia sob o regime de seu antecessor, o ditador Hosni Mubarak. O atual governo interino do Egito afirma que o grupo terrorista Hamas ajudou Mursi a fugir da prisão no início de 2011, quando Mubarak ainda estava no poder. Essas acusações devem ser analisadas posteriormente por outro tribunal.

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Preso desde o golpe e mantido em local desconhecido, Mursi está praticamente incomunicável – os militares egípcios autorizaram apenas alguns contatos telefônicos isolados com sua família e a visita de uma representante da União Europeia. Advogados do ex-presidente têm denunciado nos últimos meses as dificuldades que enfrentam para discutir as acusações com seu cliente.

(Com Estadão Conteúdo)

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