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Homenageado na Guiana, Lula foge dos problemas de seu próprio país

Por Cecília Araújo, de Georgetown
26 nov 2010, 01h39

Enquanto o Rio de Janeiro vira um verdadeiro campo de batalha e demanda especial atenção do governo brasileiro, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva faz um passeio à pouco falada Guiana. Em Georgetown, capital do país, ele recebeu nesta quinta-feira do presidente guianense, Bharrat Jagdeo, a mais alta condecoração do governo: a “Ordem da Excelência”. Na sexta-feira, Lula participa da 4ª Reunião do Conselho de Chefes de Estado da Unasul, seu último encontro com o bloco sul-americano que ajudou a construir em seus dois mandatos à frente da Presidência.

Ao entregar a faixa verde, amarela e vermelha ao presidente Lula, Jagdeo destacou a contribuição do Brasil ao desenvolvimento da Guiana em diversas áreas, justificando a homenagem. Parte importante da colaboração brasileira ao país seria uma ponte sobre o rio limítrofe Takatu – cuja intenção é pavimentar uma estrada através da floresta amazônica em solo da Guiana -, além do planejamento da construção de uma usina hidrelétrica. Brasil e Guiana também teriam concordado em compartilhar o policiamento da Ponte Takatu, para impedir o fluxo de armas, drogas e criminosos.

Evento – Com uma hora de atraso, Lula chegou ao Centro Cultural Nacional em Georgetown e foi recebido por dançarinas folclóricas e músicos da Orquestra Nacional de Metais, que tocavam incansavelmente no hall do prédio esperando sua aguardada chegada. Vestindo um paletó típico de Evo Morales, Lula assumiu à imprensa, antes de entrar no salão onde foi condecorado, que se vestia daquela forma em homenagem ao companheiro boliviano.

Sentado ao lado de Jagdeo, Lula contou, como sempre, com a colaboração de seu intérprete oficial, Sérgio Xavier Ferreira, para compreender o inglês particular falado pelos guianenses. Ao ser homenageado, Lula foi chamado por Jagdeo de “herói da América do Sul” e “amigo da Guiana”, enquanto secava o suor que escorria de seu rosto por conta do calor equatorial que castigava o local. O presidente guianense também lembrou a trajetória de ativista do mandatário, exaltando seus feitos no Brasil e no continente.

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Lula, por sua vez, lembrou que esta é sua terceira visita ao país, ressaltando a importância do diálogo entre as duas nações. Falou de infraestrutura, comércio, educação e segurança. O evento foi encerrado com uma apresentação cultural, com músicas e danças típicas de jovens guianenses, com referências especialmente africanas e indianas.

Rio – Na saída do evento, Lula falou sobre o Rio de Janeiro, após o pedido formal de Sérgio Cabral pedindo ajuda do governo federal. “Tudo o que ele necessitar e estiver dentro da lei, o governo federal vai fazer”, disse, destacando que já conversou com Sérgio Cabral e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre o assunto. Segundo o presidente, “não é humanamente explicável” que 99% das pessoas de bem, trabalhadores que querem viver em paz, sejam molestados por gente que está na marginalidade. “O Rio de Janeiro pode ficar tranquilo. Estamos 100% apoiando o governador e o povo do Rio”, insistiu.

Nesta quinta, Jobim assinou a Diretriz Ministerial nº 14, que determina às Forças Armadas o reforço do apoio ao governo do Rio de Janeiro nas operações de combate à onda de criminalidade. Cerca de 800 homens do exército vão garantir essa proteção.

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