Filho de Kadafi pode estar escondido no deserto de Saara

Sua localização exata é difícil de ser conhecida, devido à imensidão da região

Por Da Redação
3 nov 2011, 11h34

Saif al Islam era considerado o possível sucessor de Kadafi (Chris Helgren/Reuters/VEJA)

O fugitivo Saif al Islam, filho do ditador líbio Muamar Kadafi e procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), desapareceu entre as infinitas dunas do deserto de Saara e pode permanecer por meses escondido na região, que é duas vezes maior do que o estado americano do Texas.

Entenda o caso

• A revolta teve início no dia 15 de fevereiro, quando 2.000 pessoas organizaram um protesto em Bengasi, cidade que viria a se tornar reduto da oposição.
• No dia 27 de março, a Otan passa a controlar as operações no país, servindo de apoio às tropas insurgentes no confronto com as forças de segurança do ditador, que está no poder há 42 anos.
• Após conquistar outras cidades estratégicas, de leste a oeste do país, os rebeldes conseguem tomar Trípoli, em 21 de agosto, e, dois dias depois, festejam a invasão ao quartel-general de Kadafi.
• A caçada pelo coronel terminou em 20 de outubro, quando ele foi morto pelos rebeldes em sua cidade-natal, Sirte.

Saif al Islam poderia estar preparando uma contrarrevolução, planejando fugir para um país amigo ou mesmo negociando sua rendição com o TPI. Desde o fim de outubro, quando fontes revelaram que o filho de Kadafi estava sendo escoltado na Líbia, perto da fronteira com o Mali, nada mais foi ouvido sobre ele. “A última notícia que tive sobre ele é de que nenhum membro da família de Kadafi está em Mali ou no Niger”, disse uma autoridade local nesta semana, reafirmando o mistério do paradeiro de Saif al Islam.

Considerado o possível sucessor de Kadafi durante os últimos anos do regime que chegou ao fim na semana passada, Saif al Islam fugiu de Trípoli com o pai e o irmão Muatasim durante a batalha pela capital líbia em agosto e se refugiou em Sirte. Muatasim morreu ao lado do pai há duas semanas, mas Saif al Islam escapou das tropas do Conselho Nacional de Transição (CNT).