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Excesso de velocidade causou acidente em que Payá morreu, diz governo cubano

Por Da Redação
27 jul 2012, 23h55

(Atualiza com declarações de viúva de Payá).

Havana, 25 jul (EFE).- O governo de Cuba, através de uma nota emitida nesta sexta-feira pelo Ministério de Interior, considera que o excesso de velocidade e a falta de atenção por parte do motorista foram as principais causas do acidente que resultou na morte dos políticos opositores Oswaldo Payá e Harold Cepero.

‘A equipe de investigação avaliou que Ángel Francisco Carromero Barrios dirigia a uma velocidade superior aos 120 km/h. Sua falta de atenção, o excesso de velocidade e as obras na pista foram determinantes para provocar o acidente’, indicava o comunicado. No entanto, as investigações e o processo penal deste acidente continuam sendo avaliados.

A nota não menciona em nenhum momento a filiação política de Carromero, dirigente de Novas Gerações do Partido Popular (PP) de Madri, nem de Jens Aron Modig, líder das Juventudes Democrata Cristãs da Suécia, que também estavam no veículo junto com Payá e Cepero.

Segundo a investigação oficial, o veículo alugado, que era conduzido por Carromero, saiu de Havana às 6h da manhã (horário local) do último domingo com destino a Santiago de Cuba, cidade situada a 860 quilômetros da capital cubana.

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Os opositores estavam na parte traseira do automóvel (Payá no lado esquerdo e Cepero no direito) e, por isso, não usavam cinto de segurança.

O acidente ocorreu perto da cidade de Bayamo (a 800 quilômetros de Havana) em uma estrada que estava em ‘reformas’ e tinha dois quilômetros sem asfalto, ‘um piso muito escorradio’ segundo a investigação.

De acordo com a análise pericial, ‘o lugar do acidente fica em uma reta de boa visibilidade’ e bem sinalizada. Neste tipo de situações, a legislação cubana estabelece que a velocidade dos automóveis não pode exceder os 60 km/h.

Após entrar nesse trecho em alta velocidade e frear de forma brusca, o motorista perdeu o controle de veículo, que derrapou por 63 metros até bater contra uma árvore na beira da estrada.

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Segundo a sentença do médico legista, Payá morreu ‘instantaneamente em consequência de um traumatismo cranioencefálico, enquanto Harold Cepero morreu no Hospital Carlos Manuel de Gramados de Bayamo.

Segundo a nota oficia, o espanhol Ángel Carromero, que se encontra preso em Bayamo, declarou que não se lembrava de ter visto a sinalização e também não pôde precisar a velocidade em que estava no momento do acidente. O cidadão sueco, por sua parte, declarou que ele estava dormindo quando sentiu a forte freada e que perdeu a consciência depois.

Ofelia Acevedo, a viúva de Payá, disse hoje à Agência Efe que não aceita o relatório oficial do governo da ilha sobre as causas do acidente e que reivindica um encontro com os dois sobreviventes.

‘Enquanto não conversar com Ángel e Aron, os últimos que viram meu marido com vida, não tiver acessos às provas periciais e nem a assessoria de pessoas independentes do governo cubano, não posso ter ideia do que realmente aconteceu’, disse Ofelia. EFE

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