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EUA e UE preparam pacote de ajuda financeira à Ucrânia

A medida configurará uma alternativa à proposta apresentada pela Rússia que desencadeou a onda de protestos contra o presidente Viktor Yanukovitch

Por Da Redação
3 fev 2014, 13h39

Em meio aos incessantes protestos que ameaçam o governo do presidente ucraniano Viktor Yanukovitch, a União Europeia (UE) fará uma nova investida para aproximar o país dos interesses do bloco econômico. Com a ajuda dos Estados Unidos, a UE prepara um pacote de ajuda financeira para servir como alternativa à proposta de 15 bilhões de dólares em créditos e de redução do preço do gás apresentada pela Rússia. Em novembro do ano passado, Yanukovitch descartou a adesão à UE para priorizar um alinhamento ao governo de Vladimir Putin. A decisão foi determinante para que opositores inflamassem a população e convocassem maciços protestos contra a base governista ucraniana.

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A preparação do plano econômico foi acertada após um encontro entre os representantes da oposição ucraniana e políticos ocidentais no fim de semana, na cidade alemã de Munique. Em uma entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal The Wall Street Journal, a alta representante diplomática da UE, Catherine Ashton, declarou que o Ocidente “desenvolve um plano – um plano ucraniano, como sugeri que o chamassem – que analisa o que devemos fazer a partir de agora em diferentes setores da economia para melhorar as coisas”. Ela não falou em valores precisos, mas indicou que “os números não serão modestos” e não estarão constituídos apenas por dinheiro, citando a possibilidade de fornecer garantias financeiras, ajudas para investimento ou apoio à moeda nacional para garantir sua estabilidade.

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A Rússia não reagiu até o momento ao anúncio do plano, mas advertiu a oposição ucraniana de que ameaças e ultimatos ao governo não serão tolerados. “A Rússia está muito preocupada pela aspiração das forças de oposição ucraniana de fazer com que a situação se deteriore no país”, disse o ministério russo das Relações Exteriores, lembrando que um opositor convocou os manifestantes a criar “unidades de autodefesa”.

Em dezembro, o primeiro-ministro ucraniano Nikolai Azarov, que renunciou na semana passada, avaliou em 20 bilhões de euros a ajuda financeira que seu país necessitava. Ele havia sugerido que a ajuda poderia ser uma “contribuição da UE aos investimentos e projetos comuns úteis para ambas as partes”. A ideia havia recebido o aval da Polônia. “Em vez de sanções, hoje é mais importante garantir uma ajuda à Ucrânia, inclusive financeira”, afirmou o premiê polonês Donald Tusk, em Bruxelas, na semana passada.

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Protestos continuam – As manifestações contra a base governista ucraniana seguiram nesta segunda-feira com a volta do presidente Yanukovitch ao trabalho. Ele reassumiu o posto após quatro dias de licença médica para tratar uma “doença respiratória aguda e febre alta”. Enquanto a oposição pressiona o governo a fazer novas concessões, Yanukovich terá de trabalhar para nomear um novo primeiro-ministro para suceder Azarov. Ele havia oferecido o posto à oposição, mas teve a proposta rejeitada.

Embora Yanukovich tenha aprovado na semana passada a revogação de leis antiprotestos e concedido uma anistia aos manifestantes que invadiram prédios públicos durante os protestos, a oposição informou nesta segunda-feira que uma nova proposta de anistia será encaminhada ao governo. A medida beneficiaria todos os ativistas que foram detidos durante os protestos, os quais o Ministério do Interior considera que “não são manifestantes pacíficos, mas suspeitos de ter cometido delitos graves”. O projeto de lei também pede a volta da Constituição anterior, o que representaria uma redução nos poderes presidenciais de Yanukovich.

(Com agências France-Presse, Reuters e EFE)

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