Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Egípcios vão às ruas para exigir renúncia de Mursi

No aniversário de um ano da posse de Mohamed Mursi, país registra protestos

Por Da Redação
30 jun 2013, 15h55

Centenas de milhares de egípcios foram às ruas neste domingo, dia que marca um ano da posse de Mohamed Mursi, para pedir a saída do presidente. Com bandeiras do Egito, a multidão ocupou a Praça Tahrir, na maior manifestação desde a revolta que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011.

“O povo quer a queda do regime”, gritavam os manifestantes, ecoando as palavras ouvidas na época em que Mubarak deixou o poder, depois de 30 anos. Agora, o protesto ocorre depois de eleições diretas realizadas em junho do ano passado. A população que lutou pelo fim da ditadura viu Mursi se tornar um novo ditador, que ampliou os próprios poderes, cercou-se de islâmicos e não trouxe a esperada estabilidade ao país, que além de polarizado, enfrenta uma grave crise econômica.

Leia também:

Leia também: Insatisfeitos com Mursi, grupos veem militares como saída

Nos últimos dias, confrontos entre apoiadores e opositores do governo deixaram pelo menos sete mortos – incluindo um jovem americano – e mais de 600 feridos. Neste domingo, houve pelo menos três mortes e quase 200 feridos, segundo autoridades. Além da capital, as manifestações deste domingo também ocorreram em dezenas de cidades, dentre as quais Alexandria, a segunda maior do país, e Port Said.

Continua após a publicidade

Os opositores do governo estão furiosos com a Irmandade Muçulmana, que levou Mursi ao poder, dizendo que o grupo tenta monopolizar o poder e forçar a aprovação de uma lei islâmica. Outros estão simplesmente frustrados com a crise econômica, aprofundada pelo impasse político, que persiste sob Mursi. Milhares de apoiadores do governo também se reuniram em uma mesquita na capital. Na cidade de Nasr, manifestantes levaram banners dizendo que estão dispostos a se tornarem mártires para manter o presidente no poder.

Caio Blinder: Mursi completa um ano no poder no domingo: infeliz aniversário!

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Mursi descartou uma segunda revolução no Egito. Ele também rejeitou os pedidos de opositores para a realização de eleições presidenciais antecipadas e disse que não vai tolerar nenhuma violação da ordem constitucional. Se renunciar, afirmou, a legitimidade de seus sucessores ficará comprometida. “Se tirarmos alguém que foi eleito de acordo com a legitimidade constitucional, então haverá quem vai se opor também ao novo presidente, e uma semana ou um mês depois vão pedir para que ele também saia”.

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.