DSK é interrogado por denúncia de uma escritora francesa
Tristane Banon defende na Justiça que Strauss-Kahn tentou estuprá-la em 2003
O ex-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn compareceu nesta segunda-feira como testemunha ante a policía judicial francesa, que investiga uma denúncia por tentativa de estupro em 2003 apresentada por uma jovem escritora francesa. Oito dias depois de retornar dos Estados Unidos, onde foi libertado sem acusações por uma denúncia similar, Strauss-Kahn ficou duas horas na sede da polícia judicial de Paris.
Entenda o caso
- • Em 14 de maio, o francês Dominique Strauss-Kahn foi preso, acusado de abuso sexual pela camareira de um hotel de luxo de Nova York. Uma semana depois, foi colocado em prisão domiciliar.
- • Como consequência do escândalo, foi obrigado a renunciar à chefia do FMI e à candidatura à Presidência da França em 2012 – para a qual era um dos favoritos.
- • Um mês depois, porém, o caso sofre uma reviravolta: promotores passam a duvidar da credibilidade da vítima, que mentiu nos depoimentos, e DSK ganha liberdade condicional.
- • No dia 23 de agosto de 2011, um juiz em Nova York decide retirar todas as acusações contra ele, encerrando o caso.
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Os advogados de Strauss-Kahn, Frederique Baulieu e Henri Leclerc, afirmaram que o político francês havia solicitado que a audiência ocorresse o mais rápido possível. O interrogatório aconteceu na Brigada de Repressão da Delinquência contra as Pessoas (BRDP) da polícia judicial parisiense.
Strauss-Kahn, de 62 anos, retornou a França em 4 de setembro, depois de ser liberado sem acusações pela justiça americana após uma denúncia, apresentada em maio, por tentativa de estupro de uma camareira de um hotel de Nova York.
Em julho, a escritora e jornalista francesa Tristane Banon, de 32 anos, apresentou uma denúncia contra Strauss-Kahn por tentativa de estupro em 2003. A justiça francesa abriu uma investigação preliminar, a cargo da BRDP, que tem como objetivo verificar a denúncias de Banon. Strauss-Kahn processou Banon por calúnia.
(Com agência France-Presse)