Coreia do Norte faz ‘lista de exigências’ para iniciar diálogo

Pyongyang cita a retirada das sanções na ONU e o fim dos exercícios militares entre Seul e Washington como condições para voltar à mesa de negociações

Por Da Redação
18 abr 2013, 05h59

**1/36** O pequeno ditador: telão mostra Kim Jong-un durante sua infância *(Reuters/VEJA)*

**3/36** O pequeno ditador: telão mostra Kim Jong-un durante sua infância. Nesta imagem ele está dentro da cabine de um avião *(Reuters/VEJA)*

**4/36** O ditador norte-coreano posa para uma foto abraçado com outros soldados do país *(KNS/KCNA/AFP/VEJA)*

**5/36** Imagem divulgada pelo governo da Coreia do Norte, juntamente com um comunicado, informa que os soldados estão preparados para o combate contra a Coreia do Sul e Estados Unidos *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**6/36** Soldados norte-coreanos preparam armamento em local não divulgado, em imagem distribuída pela agência de notícias do país, a KCNA *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**7/36** Soldados norte-coreanos em treinamento militar em local não revelado. A foto foi liberada pela agência oficial de notícias da Coreia do Norte *(Reuters/VEJA)*

**8/36** Tropas norte-coreanas fazem treinamento em local não identificado. Há suspeitas de que a foto da agência estatal tenha sido adulterada, para aumentar o número de embarcações *(KCNA/AFP/VEJA)*

**9/36** Norte-coreanos durante exercício militar, em 12/03/2013 *(KCNA/VEJA)*

**10/36** Soldados norte-coreanos em treinamento militar, em Pyongyang *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**11/36** Norte-coreanos durante treinamento militar *(AFP/AFP)*

**12/36** Soldado norte-coreano observa o sul enquanto patrulha a vila de Panmunjeom, na fronteira entre as Coreias, em 19/03/2013 *(Lee Jae-Won/Reuters/VEJA)*

**13/36** O ditador Kim Jong-un em viagem de inspeção, a bordo de canoa aparentemente não nuclear (12/03/2013) *(KCNA/AP/VEJA)*

**14/36** Kim Jong-un testa equipamento militar em estilo retrô, como apontou o Washington Post *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**15/36** Kim Jong-un observa miniaturas de equipamentos militares *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**16/36** Kim Jong-un acompanha exercícios militares *(KCNA/VEJA)*

**17/36** Ditador Kim Jong-un comanda treinamento militar na Coreia do Norte *(KCNA / AFP/VEJA)*

**18/36** Ditador Kim Jong-un inspeciona exercício militar na Coreia do Norte *(KCNA / AFP/VEJA)*

**19/36** Kim Jong-un observa manobras militares *(Kcna Via Kns/AFP/AFP)*

**20/36** Kim Jong-un inspeciona equipamento militar *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**21/36** O ditador norte-coreano Kim Jong-un ao lado de militares, em local não identificado pela agência oficial *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**22/36** Kim Jong-un acompanha treinamento do Exército em local não revelado *(KCNA/AFP/VEJA)*

**23/36** Kim Jong-un observa exercícios militares aéreos *(KCNA/VEJA)*

**24/36** Kim Jong-un conversa com soldados femininas *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**25/36** Soldados norte-coreanos participam de treinamento militar em Pyongyang *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**27/36** Norte-coreanos durante exercício militar, em 13/03/2013 *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**28/36** Norte-coreanos durante exercícios militares *(KCNA/VEJA)*

**29/36** Norte-coreanos durante exercício militar, em março de 2013 *(KCNA/VEJA)*

**30/36** Norte-coreanos durante exercícios militares aéreos *(KCNA/VEJA)*

**31/36** Norte-coreanos durante exercício militar, em 20/03/2013 *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**32/36** Norte-coreanos durante exercício militar, em 14/03/2013 *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**33/36** Imagem divulgada pela agência oficial norte-coreana de ato em Pyongyang em preparação para possível guerra contra EUA e Coreia do Sul *(KCNA/Reuters/VEJA)*

**34/36** Norte-coreanos comemoram terceiro teste nuclear do país, realizado no dia 12 de fevereiro *(Reuters/VEJA)*

**35/36** No mesmo dia do lançamento de um míssil norte-coreano, o ditador Kim Jong-un visitou uma escola neste domingo *(AFP/VEJA)*

**36/36** No mesmo dia do lançamento de um míssil norte-coreano, o ditador Kim Jong-un visitou uma escola neste domingo (19) *(KCNA/Reuters/VEJA)*

A Coreia do Norte apresentou nesta quinta-feira uma “lista de exigências” que Seul e Washington devem cumprir caso queiram que o regime comandado por Kim Jong-un retome o diálogo para encerrar as hostilidades na península. A série de condições inclui a retirada das sanções contra o país na ONU e o fim dos exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul – além de outros tópicos menos pragmáticos, como um pedido de desculpas formal do país vizinho por seus “atos de provocação”.

Até onde o regime da Coreia do Norte pode ir?

Embora o pacote de condições de Pyongyang seja embrulhado na exagerada retórica norte-coreana e contenha exigências que dificilmente serão aceitas por Estados Unidos e Coreia do Sul, ele representa uma significativa mudança de postura de um regime que há apenas algumas semanas ameaçava iniciar uma guerra nuclear na península coreana e transformar o rival do Sul em um “mar de fogo”. Na última quarta-feira, a Coreia do Norte já havia sinalizado com a retomada do diálogo, após as ofertas de aproximação dos EUA. Em um sinal do arrefecimento da retórica belicista, o governo do país parece até ter deixado de lado um novo lançamento de míssil balístico, que muitos analistas acreditavam que poderia ocorrer no último dia 15, quando foi celebrada a data de nascimento de Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte.

No comunicado divulgado hoje, o departamento de Defesa da Coreia do Norte também exige a “retirada de todos os meios de guerra atômica na Coreia do Sul e em seus arredores”, em referência ao sistema de “guarda-chuva nuclear” que Washington fornece para garantir a proteção do seu aliado asiático em casos extremos.

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Resposta de Seul – A “lista de exigências” da Coreia do Norte, no entanto, não foi bem recebida pela vizinha do Sul, que classificou como “ilógicas” as condições impostas por Pyongyang. “O argumento da Coreia do Norte é totalmente incompreensível e ilógico”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Cho Tai-young, horas depois do comunicado da nação rival.

Histórico – As conversas sobre o fim do programa de armas nucleares da Coreia do Norte estão paralisadas desde que o regime comunista deixou as negociações com o Grupo dos Seis, em 2008. O bloco formado por Estados Unidos, China, Rússia, Japão e Coreia do Sul, além de Pyongyang, buscava desde 2003 uma solução diplomática para frear as pretensões atômicas norte-coreanas.